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Entrevista exclusiva - 16/02/2024, 12:17 - Silvânia Nascimento e João Grassi - Atualizado em 16/02/2024, 13:11

Coordenador do CRT fala sobre responsável pelo brinquedo de Cajazeiras

Umaraci Nascimento conversou com a reportagem do Portal MASSA!

Umaraci Nascimento e o parque de Cajazeiras
Umaraci Nascimento e o parque de Cajazeiras |  Foto: Mila Souza / Ag. A Tarde

Ainda com a busca pela resolução do desabamento em um parque de Cajazeiras, o coordenador de fiscalização do Conselho Regional dos Técnicos Industriais da Bahia (CRT) falou exclusivamente ao Portal MASSA! sobre um possível responsável pela operação do equipamento. De acordo com Umaraci Nascimento, documentos do brinquedo podem ser solicitados para esse profissional.

A reportagem entrou em contato com a defesa do parque e aguarda posicionamento.

"A gente crê que deva ter o responsável técnico e solicitar as documentações comprovatórias desse responsável técnico, se for não só pelo parque, como também por equipamentos, no caso. Pode acontecer ter o responsável técnico como um todo e ter profissionais que são técnicos e podem ser responsáveis por cada equipamento", iniciou Umaraci.

Segundo o coordenador, o responsável pelo funcionamento do equipamento pode sofrer punições pelo incidente causado, visto que sempre acontece uma avaliação antes das operações serem liberadas.

"Todo equipamento, antes de ser colocado em operação, é feito uma avaliação profissional, profissional legalmente habilitado, que pode ser tanto um engenheiro como pode ser um técnico. Ele vai avaliar as condições técnicas do equipamento para verificar se está em condição de operação no caso. Aí ele pode gerar um laudo, por exemplo, um relatório técnico e consequentemente ele vai emitir um documento de responsabilidade técnica, que no nosso caso é o CRT. Se for verificado toda a negligência por parte de um profissional técnico, o conselho vai tomar medidas cabíveis", indicou Umaraci.

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Umaraci Nascimento ainda comentou que diferentes consequências podem ocorrer para o responsável pelo brinquedo, desde advertência até suspensão dos serviços.

"Vai desde o advertência para o Conselho de Ética. Você pode ficar suspenso, ou pode ser cancelado, entendeu? Vai desde as mínimas consequências até as máximas consequências", finalizou o coordenador.

O acidente

Andrei Peroba ficou com o braço preso nas ferragens do “Intoxx”, uma das atrações mais procuradas pelo público do parque, que estava montado no campo da Pronaica, em Cajazeiras 10. Ele teve uma fratura exposta e precisou ser levado às pressas para o Hospital Geral do Estado (HGE), após ter sido removido do local do acidente pelo Corpo de Bombeiros. O jovem de 20 anos precisou amputar o braço, mas o quadro de saúde dele é estável. A irmã dele, de 17 anos, teve ferimentos leves no rosto.

O que dizem as autoridades

A Polícia Civil (PC) informou que o caso foi registrado como "lesão corporal de natureza grave e se resulta em perda ou inutilização do membro". Em nota, a PC também declarou que as oitivas de representantes do parque de diversões já foram agendadas e o equipamento deve ser periciado, para esclarecer as causas do acidente.

Por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Urbanismo (Sedur), a prefeitura informou que o parque de diversões já havia sido interditado no mês de janeiro deste ano, por iniciar as atividades sem autorização. Após isso, eles teriam apresentado a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) dos equipamentos e do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) e conseguido um alvará de funcionamento emitido pela Central Integrada de Licenciamento de Eventos (CLE).

A Defesa Civil de Salvador (Codesal) esteve no local para realizar inspeção no equipamento. De acordo com órgão, os responsáveis foram notificados e o parque embargado até apresentação de laudo técnico, a ser realizado por profissional habilitado, sobre as condições dos equipamentos ali instalados.

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