Na segunda-feira (8), Itaparica recebeu o projeto Bahia Memórias de Luta e Liberdade com o evento 'Nosso Olhar Itaparicano', promovendo uma caminhada cívica pelas ruas do Centro Histórico até a Fortaleza de São Lourenço.
O evento também incluiu uma aula pública, que destacou a importância de Itaparica no processo de independência do Brasil na Bahia, reforçando a relevância histórica do local.
O projeto, uma iniciativa da Fundação Pedro Calmon (FPC), em parceria com as Secretarias de Cultura e da Educação do Estado, por meio do Centro de Memória, está sendo implementado em escolas da rede estadual em 17 cidades. Em Itaparica, as atividades contam com a colaboração da Biblioteca Juracy Magalhães Jr., proporcionando um rico intercâmbio cultural e educativo para os estudantes e a comunidade local.
O historiador Walter Silva, diretor em exercício do Centro de Memória da Bahia, explica que o projeto foi pensado na perspectiva de percorrer uma rota pelos municípios que tiveram atuação no processo de independência do Brasil na Bahia.
“É uma oportunidade da gente contribuir para a preservação de nossa história, mas, sobretudo, na difusão da importância do que foi 2 de Julho para a independência do Brasil, porque aqui na Bahia essa independência se consolida”, disse.
Antes de chegar a Itaparica, o projeto percorreu as cidades de Cachoeira, São Félix, Maragogipe, São Francisco do Conde e Caetité, levando conhecimento e celebrações culturais. Entre os dias 9 e 12, será a vez de Jaguaripe, Valença, Cairu e Governador Mangabeira receberem as atividades.
Além da aula pública, a programação do projeto inclui uma variedade de atividades artísticas e culturais. Haverá também a distribuição de três publicações da editora Fundação Pedro Calmon com foco na temática da independência.
Walter destaca que o trabalho feito nas escolas tem o objetivo de mostrar aos alunos a importância de seus municípios para a liberdade do Brasil.
O que a história conta
Talvez, muitas pessoas não entendam o termo “Independência do Brasil na Bahia”, mas Walter explica. “O processo de independência do Brasil tem como data principal 7 de setembro de 1822. Mas pouco tempo depois de a gente ter o 7 de setembro, que foi um ato institucional, político, na Bahia começa a guerra que dura cerca de um ano e um mês, de 25 de junho de 1822 a 2 de julho de 1823. Então, efetivamente na Bahia, aí sim, não há um ato político institucional, é o povo que vai às ruas, que pega em armas, que vai às trincheiras, que verte-se o sangue em prol da causa, que efetivamente se consolida e se efetiva o processo de independência”.