Além das fortes chuvas que atingem Salvador nesta segunda-feira (11), construções irregulares pode também ter causado o desabamento do imóvel no bairro de Alto de Coutos, no Subúrbio da cidade. A reportagem do Portal Massa! acompanhou a situação e conversou a Codesal e Sedur.
Leia mais:
Imagens fortes! Prédio no Alto de Coutos desaba completamente; veja
Trabalhadores de obra escaparam de tragédia em Alto de Coutos; entenda
Chuva forte deixa Salvador sem ônibus em vários bairros; confira
Otto Moutinho, engenheiro da Defesa Civil de Salvador (Codesal), comentou as possíveis causas do incidente. "Se falando de obra em andamento, a água pode trazer problemas uma vez que não foram tomadas as condições ideais para que ela não causasse problemas, mas sempre a água é um fator de atenção quando a gente está em obra", iniciou.
"Temos um evento aqui de atividades de obra irregular. A gente está averiguando ainda, mas até então as informações que chegaram são essas e a gente está tomando as primeiras providências para afastar as pessoas do risco", completou.
Em entrevista à reportagem Celso Jorge Carvalho, engenheiro da Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Urbanismo (Sedur), detalhou mais sobre as falhas no local do desabamento. Ele confirmou que a construção foi feita de maneire irregular.
"O proprietário relatou que tinha um vazamento de água, que a água da chuva estava caindo atrás do prédio, justamente na encosta. Isso tudo são fatores que podem proporcionar no que aconteceu. Mas a gente olha também aqui ter vícios construtivos. Material empregado não condizente para a situação, uma contenção que não tem condição de sustentar nada"
Ainda de acordo com Celso Jorge, o prédio "não tem engastamento nenhum". O engastamento é um tipo de apoio que impede movimentos em uma estrutura, o que seria essencial para a obra ser finalizada de forma segura.
Após a queda do prédio, a Codesal vai, de prontidão, evacuar imóveis na área e mapear os riscos para os moradores. "A princípio vamos pedir a evacuação desse edifício aqui, de três andares, são três apartamentos e também de um edifício lateral que tem três pavimentos, mas são quatro unidades habitacionais. É uma evacuação temporária por prevenção, porque existe risco de desabamento de partes instáveis ainda", finalizou Otto Moutinho.