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Planejamento - 29/10/2025, 06:00 - Vitória Sacramento*

Confira dicas para esticar o salário até o fim do mês

Cenário econômico ainda não representa alívio no bolso da população

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O mês ainda nem acabou, o salário já foi embora, o limite do cartão estourou e ainda falta comprar a merenda das crianças? Pensando em você que está passando por esse aperto, o MASSA! preparou algumas dicas financeiras para te ajudar a fazer o salário render até o fim do mês!

Apesar de a renda mensal média dos brasileiros ter atingido R$ 3.270 no quarto trimestre de 2024, o maior valor já registrado no país, o cenário econômico ainda não representa alívio no bolso da população. O custo de vida elevado e a inflação persistente continuam impactando a renda familiar, o que tem levado muitos brasileiros ao endividamento. De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), 30,2% da população brasileira está inadimplente, o maior índice desde setembro de 2023.

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Para Camila Poltronieri Flaquer, Head de Cobrança Digital (B2C) da Recovery, o problema está menos no quanto se ganha e mais em como o dinheiro é administrado. “Com contas fixas, imprevistos e pequenos gastos diários, pode ser um desafio manter o controle do orçamento e evitar recorrer ao cartão de crédito, que acumula juros altos quando não é pago na data de vencimento”, explica.

Veja dicas

O MASSA! separou uma série de comportamentos que contribuem para o desequilíbrio financeiro e dá orientações para quem deseja sair do vermelho e aprender a se organizar.

Segundo Camila, os principais erros que fazem o dinheiro desaparecer antes do fim do mês são a falta de planejamento, o uso excessivo do crédito e as compras por impulso. “As pessoas muitas vezes não têm noção real de quanto gastam. Pequenas despesas, como delivery, aplicativos e lanches, parecem inofensivas, mas somadas, comprometem boa parte da renda”, afirma.

Outro erro comum é gastar com o que não é essencial logo nos primeiros dias após o pagamento. O ideal é pagar as contas fixas primeiro, reservar uma parte para despesas variáveis e guardar o que sobrar, ainda que seja pouco.

A inadimplência, que hoje atinge mais de 30% da população, geralmente é resultado de uma combinação de fatores: falta de controle, acúmulo de dívidas e uso indevido do crédito. Muitas pessoas usam o cartão de crédito como uma extensão da renda, o que é um erro grave. Quando não há planejamento, o crédito pode vira um inimigo poderoso.

A ausência de uma reserva de emergência contribui para o endividamento, qualquer imprevisto, uma doença, um conserto no carro, pode desequilibrar o orçamento de quem vive no limite. A reserva é essencial para evitar que situações assim virem uma bola de neve.

Para quem nunca conseguiu manter as contas em dia, a especialista sugere começar com o básico: anotar absolutamente tudo o que gasta. “Pode ser em um caderno, uma planilha ou aplicativo. O importante é visualizar para onde o dinheiro está indo. Só assim é possível identificar o que pode ser cortado ou ajustado.”

Depois, o próximo passo é montar um orçamento realista e estabelecer metas simples. “Não adianta criar um plano impossível de cumprir. Comece com pequenas mudanças, como reduzir o delivery, cortar assinaturas que não usa e separar uma quantia fixa, mesmo que pequena, para uma reserva de emergência”, explica.

O cartão de crédito é frequentemente apontado como o vilão do orçamento, mas, ele pode ser um aliado, desde que usado com responsabilidade, uma vez que o problema não está no cartão em si, e sim na falta de controle. como parcelar muitas compras, acumular faturas e pagar o mínimo, são atitudes que levam rapidamente ao endividamento. O ideal é encarar o cartão como um meio de pagamento, e não como um dinheiro extra.

Por fim, o segredo da estabilidade financeira está na organização, no planejamento e na disciplina diária. Envolver toda a família nesse processo, já que não adianta uma pessoa economizar se outra continua gastando sem controle. Quando o esforço é coletivo, os resultados aparecem mais rápido

Com hábitos simples e consciência financeira, é possível fazer o salário render até o fim do mês e, aos poucos, sair da estatística dos endividados que ainda preocupa o país.

*Sob supervisão do editor Anderson Orrico

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