
Quem passou pela região de Água de Meninos, na tarde deste domingo (31), ficou com água na boca. O local foi sede da sexta edição do tradicional Festival Gastronômico da Feira de São Joaquim. Ocorrendo anualmente na última semana de agosto, o evento contou com uma distribuição gratuita de 150 kg de feijoada. Quem compareceu ao evento também conseguiu curtir os shows do Ilê Aiyê, Noelson do Cavaco, Eduardinho Fora da Mídia e Tio Elétrico.
Criado há oito anos, o festival tem como objetivo incentivar as pessoas de outras regiões a visitarem a feira. O projeto surgiu como uma iniciativa dos próprios donos de restaurante que existem na região. “A gente achava que a gastronomia da feira era muito retraída para dentro dos portões da feira. Temos a noção que a culinária daqui é muito rica e a gente pode expandir isso”, disse Nilton Ávila Filho, presidente do Sindicato de Feirantes de São Joaquim, em entrevista ao MASSA!.
Conhecido como Gago da Feira, Nilton aponta que os projetos culturais da região são uma forma de revitalizar o local. Samba aos domingos, distribuição de caruru e o próprio Festival Gastronômico são alguns exemplos desses projetos. “Acho que depois que a gente iniciou esses projetos culturais, a Feira de São Joaquim deu uma renovada muito grande. A gente tem certeza que muitas pessoas que não frequentavam, voltaram a frequentar”, garantiu.

Aos poucos, a feira deixa de ser apenas um local de compra e venda, sew transformando em um ponto de lazer e encontros. “Eu fico muito feliz em saber que lá atrás, quando a gente pensou isso, pensamos nesse reconhecimento de agora. Acho que nada mais justo que nos 60 anos da feira ela passar a ser reconhecida como espaço fundamental para a cultura, economia e desenvolvimento em Salvador”, defendeu o comerciante.
A música ao vivo e a comida gratuita atraiu até quem não é de Salvador. Vinda da Ilha de Itaparica, Ducilene Paula, 35, veio para a capital baiana apenas para curtir o festival pela primeira vez. “É bom para conhecer, prestigiar, ver a cultura e perceber que a Bahia não é só carnaval, existem outras coisas no resto do ano”, pontuou.
A fila para o feijão estava dando uma volta ao redor do palco. Quem via de longe se assustava, mas isso não era impedimento para quem queria saborear um bom almoço. “Me assustou um pouquinho logo quando cheguei. Mas depois eu vi que todo mundo estava na fila, aí eu vim também”, completou Ducilene.

A festa também era uma oportunidade para quem desejava fazer um programa junto com os pequenos. Diversas famílias compareceram ao local para aproveitar a tarde juntos e com muita alegria. “Para quem gosta, eu recomendo. É um local de família, paz, tranquilidade”, disse Patricia Bahia, 51.
Vinda de Castelo Branco e na companhia de seu filho, Patricia defendeu a importância desse tipo de iniciativa para quem é morador da capital baiana. Para ela, os shows foram um incentivo para sair de casa e curtir o domingo. “É bom que incentiva você a sair um pouco de casa e dá oportunidade a quem não pode pagar”, acrescentou.
