
Faltando pouco mais de duas semanas ainda para o início do Carnaval de Salvador, que acontece de 27 de fevereiro a 04 de março, vendedores ambulantes que irão atuar nos circuitos da folia já iniciaram a demarcação de espaço para comercialização de produtos durante a festa. No último domingo (9), quatro ambulantes foram flagrados pichando a calçada da Avenida Oceânica para marcar o local de trabalho na festa. O grupo foi encaminhado à delegacia por policiais militares e guardas municipais.
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A iniciativa, que é ilegal, além de estar dando trabalho às equipes de fiscalização, tem gerado repúdio por parte da entidade que representa a categoria. O Sindicato do Mercado Informal (Sindibaca) se manifestou contra os atos de pichação identificados na região da Barra, no circuito Dodô, durante a preparação para o Carnaval 2025. A presidente do sindicato, Graziela Lima Santos, enfatizou que a entidade não compactua com essa prática e não orientou os ambulantes a realizá-la.

“Eu falei, enviei áudios, falei com muitas pessoas que isso não deveria ser feito. O sindicato não concorda e não orientou ninguém a fazer isso”, disse.
A pichação tem sido utilizada por ambulantes como forma de garantir espaço para a comercialização de alimentos e bebidas durante a festa. Para Graziela, o problema está na insegurança dos vendedores em relação à lotação.
“O que acontece é que as pessoas têm medo de não conseguir trabalhar, de não ter espaço para todo mundo, mesmo com as licenças", explicou. Segundo ela, uma das dificuldades enfrentadas é a presença de vendedores que levam vários isopores para o circuito, ocupando mais espaço do que o permitido.
O Sindbaca defende uma fiscalização mais rígida da Secretaria de Ordem Pública (Semop) nos dias de festa, de maneira que impeça que alguém ocupe um espaço maior que outro. Além disso, Graziela foi ainda mais enfática sobre como lidar com quem vandaliza as ruas da cidade. “Não concordamos, e acredito que quem pinta o nome na rua deveria ganhar solvente e uma bucha para limpar tudo. Isso é disciplina, corrigir para virar exemplo”, disse.

Fiscalização
A Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop) reforçou seu compromisso com a fiscalização e preservação dos espaços públicos, alertando que atos de pichação não serão tolerados. Segundo o diretor da pasta, Alysson Carvalho, além das penalidades previstas em lei para ocasiões de vandalismo, os vendedores ambulantes que foram flagrados praticando a infração perderão o direito de atuar no Carnaval de Salvador 2025 e em edições futuras. A Semop também destacou a importância da colaboração da população, que pode denunciar casos pelo canal Fala Salvador, discando 156.