
O toró que cai em Salvador nas últimas semanas tem fortalecido as vendas dos comerciantes na Avenida Sete, Centro da capital baiana. Com a chegada da frente fria, a galera se reinventa para não ficar sem trabalhar e parte para os acessórios que ajudam na chuva.
Em entrevista ao Portal Massa!, o vendedor de eletrônicos, Nivaldo de Santana aproveita os poucos dias do inverno em Salvador e também vende guarda-chuva. Com preços que variam entre R$ 15 a R$ 45, ele afirma que o faturamento foi bom nas últimas semanas.
“Olha, com a frente fria que chegou aí, o movimento cresce, né? Mas saindo da frente fria, chegando um tempo normal, não vende. É só na época mesmo da chuva”, explicou.
Já o concorrente Sílvio Conceição destacou que os clientes só aparecem quando o cacau cai pesado. “Deu uma melhorada porque ninguém quer se molhar, né? Então pessoal, é como se o pessoal fosse obrigado a comprar sombrinha. Como diz um ditado, o brasileiro que só fecha a porta depois que é roubado”, disse.
Bom pra uns, ruim pra outros
Mesmo dividindo praticamente o mesmo espaço, a dupla diverge sobre o volume de vendas no local neste ano.
“Olha, tá melhor. Porque há dois anos, o clima estava diferente. Você não via chuva. Então era sol o tempo todo. E esses dois anos pra cá, começou, o tempo começou a segurar”, celebrou Nivaldo.

Com outros produtos como cadernos e até água, quando o sol dá as caras, Silvio tenta melhorar as vendas em comparação com 2024. O trabalhador explicou que, mesmo com a correria, tem sido difícil nos últimos meses.
“Houve uma queda no comércio, entendeu? Eu não sei se por conta da crise financeira, entendeu? Porque o pessoal infelizmente está sem dinheiro”, lamentou o ambulante.