A Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) se pronunciou em nota divulgada na sexta-feira (6), e negou que tenha culpa pelos alagamentos em municípios baianos por causa da administração da Barragem de Pedra.
A empresa diz que vai recorrer da decisão judicial que aponta 'culpa no cartório' após uma ação movida pela Procuradoria-Geral do Estado (PGE). A Justiça determinou que a Chesf monte um plano de recuperação nos locais atingidos e crie um auxílio emergencial para os afetados.
No dia 26 de dezembro, o Rio de Contas subiu 'legal' e registrou uma das suas maiores cheias em toda a história. Segundo Chesf, o reservatório da Usina Hidroelétrica da Pedra, localizada em Jequié, alcançou 3.100 metros cúbicos por segundo (m³/s) de afluência média no dia 25 de dezembro.
Veja a nota:
Eletrobras Chesf esclarece que vai apresentar sua defesa no prazo legal, demonstrando que a operação realizada no Reservatório da Usina da Pedra, na Bahia, foi correta e necessária, considerando as intensas chuvas ocorridas nos dias 24 e 25 de dezembro de 2022.
Informa também, que irá apresentar, no prazo legal, o recurso cabível contra a decisão judicial proferida.
A Empresa reafirma que a operação obedeceu os procedimentos de segurança, reduzindo as consequências das fortes chuvas ocorridas.
Sem a operação correta do reservatório, a vazão nas comunidades a jusante da barragem teria chegado a 4.500 metros cúbicos por segundo, muito superior aos valores observados, com impactos ainda maiores para a população.
O vertimento realizado foi necessário para conter a vazão dentro dos limites verificados e para evitar que a barragem entrasse em estado de emergência.