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Olha a cobra! É verdade - 05/06/2023, 11:13 - Everton Santos

Cerca de 50 cobras são resgatadas por mês em Salvador e RMS

Em Salvador, recentemente, uma cobra sucuri com pouco mais de 2 metros apareceu em uma das áreas do Parque de Pituaçu

Cobra sendo resgatada em Salvador
Cobra sendo resgatada em Salvador |  Foto: Raphael Muller | Ag. A TARDE

Como pode uma das espécies mais temidas pelos humanos desenvolver funções tão importantes para o ecossistema? Conhecidas pelas suas picadas venenosas, as serpentes estão entre os animais que mais sofrem maus-tratos por parte da população. De fato, não dá para ignorar os perigos que muitas delas oferecem. Entretanto, matá-las ou machucá-las estão longe de serem as opções corretas para se livrar desses perigos. Hoje, 5 de junho, data em que é comemorado o Dia do Meio Ambiente, o MASSA! traz nessa reportagem a relevância que esses répteis têm para a ecologia e, consequentemente, para a população. O período de chuvas é um dos mais comuns para o aparecimento de serpentes em locais urbanos.

Em Salvador, recentemente, uma cobra sucuri com pouco mais de 2 metros (aproximadamente) apareceu em uma das áreas do Parque de Pituaçu, alguns dias após fortes chuvas terem atingido a capital. Em um vídeo é possível ver que ela transita entre duas áreas de mata e uma passagem de chão (local onde possuía luz solar). Mas afinal, por que no inverno aumenta a frequência desses répteis em locais que não possuem áreas verdes por perto? O biólogo Patrick Jordan traz a explicação científica que responde essa questão.

“Algumas serpentes são fossoriais, ou seja, adaptadas a viver debaixo do solo, ou no mínimo, escondidas. Devido aos grandes períodos chuvosos, elas tendem a procurar ambientes com a temperatura controlada, afinal, são animais de sangue frio. Além disso, a expansão territorial urbana descontrolada, como desmatamento para construções de imóveis, que é um problema socioambiental, também é um fator que contribui para isso”, destacou.

Exterminar uma “cobra”, como é popularmente conhecida, pode trazer consequências à população, como conta o biólogo. “Todo ser vivo possui uma relação direta com a teia alimentar. A morte de uma serpente, por exemplo, afeta claramente a quantidade de roedores (como ratos), no local, já que ela iria conter os mesmos”, disse Patrick.

Ecologia viva no Parque em SSA

Localizado na orla de Salvador, o Parque de Pituaçu é considerado a maior reserva ecológica da cidade. Não foi à toa que foi por lá que a ‘anaconda’ baiana foi vista passeando em uma manhã ensolarada. Por lá, o pessoal do projeto Escologia (que atua com a temática de educação ambiental) não permite que nenhum animal, nem mesmo os mais perigosos, sejam maltratados.“

Quando encontramos algum deles, como foi o caso da sucuri, buscamos formas seguras de fazer com que eles voltem ao habitat natural. É muito comum termos por aqui serpentes de diferentes espécies. Cada uma mais linda do que a outra. As mais perigosas que aparecem aqui no Parque são a jararaca e a coral”, contou Marcio, coordenador do projeto Escologia – sediado no Parque de Pituaçu.

Serpentes são as mais resgatadas

A Companhia Independente de Polícia e Proteção Ambiental (Coppa) – unidade da PM – chama atenção da população sobre como proceder, caso se depare com uma cobra. Segundo eles, em média, a unidade resgata cerca de 50 serpentes por mês em Salvador e na região metropolitana.

“As serpentes têm sensores e quando percebem a presença de predadores, nesse caso, nós, elas armam o bote para defesa. Ao encontrá-las, o indicado é ligar para a Coppa ou para o 190, que iremos no local realizar o resgate do animal de forma segura”, explicou a tenente Gracina Farias.

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