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Marcante - 23/06/2025, 09:31 - Da Redação

Casal sobrevive à queda de balão em SC: “A lama amorteceu nossa queda”

Sobreviventes relataram o que viveram em entrevista ao Fantástico

Casal estava fazendo o primeiro passeio de balão
Casal estava fazendo o primeiro passeio de balão |  Foto: NSCTV / Divulgação

Dois dos 13 sobreviventes do acidente com um balão em Praia Grande, no extremo sul de Santa Catarina, relataram os momentos de desespero que viveram durante o voo que terminou em tragédia no sábado (21). O engenheiro Victor Hugo Mondini Correa e a médica veterinária Laís Campos Paes, de Curitibanos (SC), escaparam com vida após pularem da estrutura em chamas. O acidente deixou oito mortos.

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“A lama amorteceu a nossa queda. A gente conseguiu evitar mais lesões por causa dessa lama”, contou Correa, ainda abalado com o que viveu. O casal caiu em uma área de vegetação próxima ao local onde o balão despencou. As informações são do portal G1.

O incêndio começou cerca de dois minutos após a decolagem. Segundo os relatos, as chamas surgiram na cabine do piloto, localizada no centro do cesto. “A gente só ia para trás, sentindo aquele calor forte e rezando para que aquele cilindro não estourasse”, lembrou o engenheiro.

Primeiro passeio de balão

Para os dois, era o primeiro voo de balão da vida. “A gente nunca tinha voado, nunca tinha nem visto nenhum voo. Então a gente não sabia se aquilo era normal ou não”, disse Laís, reforçando o sentimento de confusão e pânico nos primeiros instantes do incêndio.

De acordo com a Polícia Civil, um maçarico teria sido a origem das chamas. O piloto tentou fazer um pouso de emergência, o que possibilitou que parte dos passageiros conseguisse saltar antes da aeronave voltar a subir descontroladamente. Entre os mortos, quatro foram carbonizados ainda no cesto, e outros quatro morreram em razão da queda.

Marcas inesquecíveis

A empresa responsável pelo passeio, a Sobrevoar, afirmou que o balão tinha todas as licenças em dia e que o piloto era experiente. “Adotou todos os procedimentos indicados para tentar salvar todos os que estavam a bordo”, informou a companhia em nota.

“A gente sabe que vai lembrar disso a vida inteira. Isso não vai sair da cabeça, não existe essa função de deletar, né? E é isso. A gente vai aos poucos organizando a cabeça para poder seguir em frente, agradecendo por estarmos vivos, mas muito tristes pelas pessoas que não conseguiram”, concluiu Correa.

A prática do balonismo na região de Praia Grande, conhecida como "Capadócia brasileira", foi suspensa temporariamente após o acidente.

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