Um casal lotado na Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) viu a casa cair após aplicar um baratino na corporação. Com intenção de curtir e aproveitar o réveillon estourado do estado da Bahia, Vinícius da Cunha Sette e Sabrina Santos Araújo Garcia pediram folga para viajar em dezembro do ano passado, porém receberam a negativa do comando da corporação, conforme informações publicadas pelo portal Metrópoles.
A intenção era conquistar como destino a cidade de Porto Seguro, situada no estado da Bahia. Todavia, insatisfeitos com o posicionamento da instituição, o homem, de 33 anos, e a mulher, de 29, colocaram atestados médicos por Covid-19, um dia depois. Por ofício, eles precisaram se ausentar do trabalho por supostamente estarem com o vírus.
Em contrapartida a isso, a medida se tratava de uma fraude. Durante o período de afastamento, eles embarcaram em um voo comercial para a cidade baiana no dia 31 de janeiro de 2022. Ela voltou à Brasília no quarto dia do ano seguinte, e o namorado, logo depois.
Ao mesmo tempo, a tropa da Polícia Militar estava toda mobilizada por causa da cerimônia de posse presidencial na Esplanada dos Ministérios, ocorrida no dia 1º de janeiro. O atestado de Sabrina tinha como prazo cinco dias, já o de Vinícius por dois a mais. Por todo esse cenário, o comando da PMDF abriu a investigação contra o casal.
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O órgão apontou que nenhum dos policiais procurou oficialmente a seção administrativa para tentar as folgas porque “já tinham conhecimento de que tal pedido seria negado”. Sendo assim, alguns procedimentos de Investigação Preliminar (PIP) foram abertos contra os dois.
Ainda segundo a publicação, o órgão mencionou que “os policiais militares respondem a processo ético disciplinar que encontra-se em andamento. Não podendo ser divulgado em face do sigilo legal imposto às referidas apurações”.
Atrelado a isso, Sabrina e Vinícius figuravam, até abril deste ano, como soldados de primeira classe no Portal da Transparência do DF, com remunerações avaliadas em aproximadamente R$ 7.790,43.
Depoimentos
À PMDF, ele disse que teve sintomas na manhã do dia 30 de dezembro e que fez a viagem “todos os cuidados relativos à Covid, utilizando máscaras, álcool em gel, evitando locais fechados”. Já ela afirmou que eles viajaram para não perder o dinheiro investido.
No mais, a defesa de Vinícius Sette garantiu que ele responde a um processo administrativo na corporação e apenas se manifestará nos autos. Por outro lado, a defesa de Sabrina Santos não retornou ao Metrópoles.
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