A Casa Marielle Franco está em campanha de arrecadação para consertar o telhado do prédio, que foi danificado pelas últimas chuvas em Salvador. A antiga casa de acolhimento, localizada na Ladeira da Fonte em Campo Grande, precisa de R$17.000 para iniciar a obra. As contribuições podem ser feitas no pix [email protected], em qualquer valor.
Sandra Muñoz, coordenadora da casa, explica que na semana passada um vendaval levou as telhas da parte da frente do prédio, e fez a estrutura da parte de trás, ceder. “É uma casa já antiga, então, na verdade, foi um processo, no momento ouvimos um barulho, mas não percebemos que eram as nossas telhas”, relata. Sandra explicou ainda que reparação precisa ser feita quanto antes, já que a promessa para os próximos dias é de chuva.
Até agora foram arrecadados R$2.000,00. De acordo com a coordenadora, a equipe decidiu tentar colocar telhas como um paliativo, e um voluntário se disponibilizou a fazer o serviço para que os atendimentos continuem. “Na verdade, a reforma do telhado todo é de R$17.000,00, mas a nossa expectativa é que consigamos atender logo porque a violência não espera”, completa.
A Casa Marielle já estava em campanha para a reforma do telhado, agora, com o dano da chuva, a necessidade se intensificou. Os atendimentos que poderiam ser realizados em período de natal, não puderam acontecer. “Lá em cima [onde o telhado foi danificado] temos atendimento jurídico, psicológico e de serviço social. O nosso natal foi de angústia, porque os pedidos de atendimento aumentaram e a gente precisou falar não, com medo de acontecer alguma coisa”, descreve Sandra.
Ela afirma ainda que no período de festas as violências se intensificam, deixando mulheres e LGBT’s em extrema vulnerabilidade social. “Pra gente é muito importante que os atendimentos continuem porque muitas vezes, para essas pessoas, o natal é um momento triste”, explica.
Além do auxílio da população, Sandra meciona que tem tentado falar com artistas e autoridades para conseguir o valor estimado da reforma, mas sem sucesso. “A gente tem mandado para as pessoas que conhecemos, vereadoras, deputadas que sabem o processo, também o Governo do Estado, e ninguém respondeu nada até agora”, relata.