Moradores de Jequié enfrentaram dificuldades nesta segunda-feira (10) devido à suspensão do transporte público. A Cooperativa de Transporte e Turismo Borda da Mata (COOBMA), responsável pelo serviço, anunciou a paralisação por tempo indeterminado, alegando um "grave desequilíbrio financeiro do contrato".
Em nota, a empresa afirmou que enfrenta dificuldades decorrentes da crise no setor e destacou a falta de investimentos como um dos fatores que comprometeram a manutenção do serviço.
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"É incontestável que o transporte público enfrenta uma crise sem precedentes no cenário nacional e internacional. A falta de previsões legais adequadas e de investimentos essenciais tem comprometido severamente a manutenção e a qualidade dos serviços, tornando insustentável a continuidade das atividades", declarou a COOBMA.
Diante da situação, a Prefeitura de Jequié anunciou uma intervenção pública na cooperativa, acusando-a de descumprir cláusulas contratuais, suspender linhas sem autorização prévia e não cumprir os horários estabelecidos. A gestão municipal assumirá temporariamente o controle do sistema de transporte urbano por meio da Superintendência Municipal de Trânsito (SumTran).
"Dessa forma, a Prefeitura de Jequié assume, pelo prazo inicial de 90 dias, o acervo material e pessoal da Cooperativa de Transportes e Turismo Borda da Mata, necessários à execução eficiente das atividades operacionais em Jequié, com o objetivo principal de assegurar a continuidade do serviço público de transporte coletivo à população até que esta situação seja, definitivamente, resolvida", informou a prefeitura em nota.
A SumTran comunicou que uma parte da frota voltará a circular a partir das 11h desta segunda-feira.
Denúncia sobre alimentação escolar
Além da crise no transporte público, surgiram denúncias de que o café da manhã das escolas municipais foi suspenso desde 2021, afetando mais de 9 mil estudantes da rede pública.
O Grupo A TARDE entrou em contato com a prefeitura para esclarecer a situação da alimentação escolar, mas não obteve resposta até o momento. A reportagem permanece aberta para manifestações das autoridades responsáveis.
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