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Projeto escola Verde com Afeto - 11/05/2023, 07:00 - Maria Laura S. de Souza

Campanha realiza financiamento para construção de jardins de chuva

A ação é do Projeto escola Verde com Afeto, através da qual será implantado o jardim

Ação é do Projeto escola Verde com Afeto
Ação é do Projeto escola Verde com Afeto |  Foto: Felipe Iruatã / Ag. A TARDE

O Colégio Estadual Professora Marileine da Silva, do bairro Mata Escura, está em campanha de financiamento coletivo para a criação de jardins de chuva. Doações de qualquer valor podem ser feitas na plataforma Benfeitoria https://benfeitoria.com/projeto/jardimdechuvasalvado. A ação é do Projeto escola Verde com Afeto, através da qual será implantado o jardim.

Débora Didonê, gestora do Canteiros Coletivos e coordenadora do projeto Escola Verde com Afeto, explica que jardins de chuva são espaços que auxiliam o escoamento correto da água da chuva. Eles funcionam com uma escavação de solo, criando uma espécie de reservatório, que acumula água e a filtra para que retorne ao lençol freático.

“A gente coloca pedras grandes que podem ser reutilização d entulho, depois faz uma camada de brita, uma de areia e finalmente uma cama de substrato, que é a terra onde vão ser colocadas as plantas do jardim”, explica Débora.

Imagem ilustrativa da imagem Campanha realiza financiamento para construção de jardins de chuva
Foto: Milena Abreu

Em 2020 o Colégio recebeu a implantação de um jardim de chuva na área interna. Neste ano, o plano de construir o jardim externo levou um projeto mais elaborado pela equipe e está sendo desenvolvido em parceria com a Organização Ser e o apoio do Instituto MRV.

Para Débora, o projeto do jardim de chuva também significa priorizar o bem estar dos estudantes, promovendo um local agradável de estudo e consequentemente melhorando a qualidade de vida. “O entorno escolar deve ser um espaço acessível e saudável para as crianças, adolescentes e jovens. A fachada escolar, o passeio, tem que ter arborização, jardim, espaço de convívio, diminuição do tráfego, tem que ter proteção e faixa de segurança”, defende.

A Escola Verde com Afeto também conta com um planejamento do jardim. É possível visualizar o projeto final através de desenhos na página online da campanha. “Esses desenhos foram feitos pelo Canteiro Coletivo, por profissionais específicos, e nós ainda desenvolvemos com os estudantes atividades de leitura de paisagem de entendimento”, explica.

Débora afirma que com as atividades complementares, os estudantes podem entender assuntos importantes como o que o asfalto provoca no solo, para onde a água da chuva vai, porque alguns lugares ficam alagados e o que aconteceria se houvessem plantas naquele lugar. Ela afirma que além de conhecimento, o diálogo provoca reflexões, debates, olhares críticos.

Imagem ilustrativa da imagem Campanha realiza financiamento para construção de jardins de chuva
Foto: Milena Abreu

Para Débora, o projeto não é apenas sobre construir um jardim sustentável, mas uma oportunidade para dialogar as características climáticas de Salvador. “Sempre vemos matérias que culpam a chuva por estragos quando na verdade a chuva sempre caiu e a cidade nunca foi pensada para essa chuva”, defende.

Portando, o objetivo do projeto é que a escola interaja através das disciplinas, propondo aulas e atividades curriculares utilizando o jardim de chuva interno como um laboratório. “Podemos envolver diversas disciplinas como matemática, de biologia, de língua portuguesa”, completa Daniela.

O Colégio Marilene da Silva está envolvido com os projetos do Canteiros Coletivos desde 2018. “Nós iniciamos uma ação na fachada da escola onde havia um depósito irregular de resíduos, nós fizemos uma parceria com a Limpurb para remanejar essa coleta e desfazer esse ponto de resíduo”, afirma. Após a limpeza do local, foi construído um jardim com peças recicláveis como pneus.

Segundo ela, no espaço onde hoje existe o “jardim de pneus”, há um acúmulo de água no asfalto que será reaproveitada no projeto. “A gente quer implantar um jardim estruturado, que dialoga com o clima da cidade, com a questão das mudanças climáticas, retirando uma parte do asfalto pra que o solo volte a absorver a água”, conclui,

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