O Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA) estará no Plenário do Senado Federal para receber o Prêmio Adoção Tardia, em reconhecimento à campanha “Filhos são eternos bebês”, que incentiva a adoção de crianças e adolescentes que estão fora do perfil mais procurado pelos adotantes.
A campanha é realizada pela Coordenadoria da Infância e Juventude, com apoio do Ministério Público da Bahia e da agência de comunicação Propeg. O objetivo é sensibilizar a sociedade para a importância da adoção tardia e do acolhimento das crianças com idade superior a seis anos.
O titular da Coordenadoria da Infância e Juventude (CIJ), o Desembargador Salomão Resedá, é quem vai a Brasília receber o prêmio, representando a Desembargadora Cynthia Maria Pina Resende, que preside o TJBA.
Salomão fala sobre como tem sido o trabalho da Coordenadoria e da importância dessa premiação. “É um incentivo, um reconhecimento a um trabalho que não se limita a essa campanha. O TJBA vem trabalhando há um tempo nesse sentido de conscientização, e hoje as pessoas estão despertando para essa causa por força desse trabalho”, disse.
O desembargador falou ainda sobre a necessidade de que a sociedade volte o olhar para esses indivíduos que vivem toda a vida aguardando pela adoção.
“Por melhor que sejam as instituições de acolhimento, lá a criança tem uma convivência coletivizada; já em uma família ornada de amor, ternura e carinho, estando essa criança vai encontrar os pilares necessários que assegurem sua personalidade para que ela possa se tornar um ser integrado à sociedade.
Cenário da adoção
Na Bahia, o número de crianças mais velhas representa a maior parte entre as que aguardam adoção. Segundo dados do TJBA, o estado tem hoje 1.107 pretendentes habilitados e 146 crianças e adolescentes disponíveis para adoção. Dessas, 123 têm mais de seis anos de idade.
O número de crianças aguardando adoção é assustadoramente menor que o de pretendentes a adotantes, mas ainda assim há dificuldade de zerar esse quantitativo. “Nós entendemos que há uma predileção pelas crianças mais novas, uma vez que boa parte dos pais quer viver todas as fases da vida de seu filho, por isso trabalhamos na conscientização”, diz o desembargador.