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Luta - 13/11/2024, 15:51 - Yan Inácio - Atualizado em 13/11/2024, 19:21

Caminhada pede o fim da violência e da intolerância religiosa

Marcha celebra duas décadas de resistência contra o racismo e o ódio religioso

Concentração começa às 14h nesta sexta-feira (15)
Concentração começa às 14h nesta sexta-feira (15) |  Foto: Divulgação

A Caminhada pelo Fim da Violência e da Intolerância Religiosa celebra, na sua 20ª edição, a resistência das religiões de matriz africana. O evento acontece na próxima sexta-feira (15), com concentração às 14h no final de linha do Engenho Velho da Federação, em frente ao busto de Mãe Ruinhó.

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Em comemoração às duas décadas do evento, o tema escolhido pela comissão organizadora, composta por integrantes dos terreiros do bairro, será os "20 anos de resistência, luta e fé: contra o racismo e o ódio religioso". Após a concentração inicial, a multidão vestida de branco percorre a Rua Apolinário Santana (a principal do Engenho Velho), passa pela Avenida Cardeal da Silva (Federação) e pela Avenida Vasco da Gama e retorna ao busto de Mãe Ruinhó. Ao fim, acontece a partilha do amalá (comida votiva do orixá Xangô) no Terreiro do Cobre.

A caminhada cobre as ruas com religiosos, sacerdotisas e sacerdotes celebrando as religiões afro-brasileiras e afirmando o direito pela liberdade de culto, assegurado pela Constituição Brasileira Federal. Promulgada em 1997, a Lei nº 9.459, define como crime a prática ou a incitação ao preconceito religioso, bem como, os de raça, cor, etnia. Atualmente, cerca de 120 pessoas participam da organização do ato, que sucede um seminário sobre o tema escolhido no ano uma semana antes do evento.

Histórico

A Caminhada pelo Fim da Violência e da Intolerância Religiosa nasceu da reunião das lideranças de terreiros do Engenho Velho com a ialorixá Valnizia Bianch, ao lado da ebomi Telinha de Iemanjá (in memoriam), ambas do Terreiro do Cobre, e makota Valdina Pinto (in memoriam), na época do Terreiro Tanuri Junsara.

Imagem ilustrativa da imagem Caminhada pede o fim da violência e da intolerância religiosa
Foto: Divulgação

“Sempre acreditei que as pessoas iam conhecer mais a nossa religião, que o número de participantes ia aumentar, mas nunca imaginei que iria tomar essa proporção. Hoje, quando vejo aquele tapete branco de pessoas passando e recebendo a energia do nosso sagrado me sinto feliz. As pessoas não precisam aceitar, é só respeitar. Espero que esse legado continue, mas que a motivação seja só comemorar a nossa religiosidade e não reivindicar um direito que já temos”, afirma Mãe Valnizia Bianch.

SERVIÇO:

O QUÊ: XX Caminhada pelo fim da violência e da intolerância religiosa

QUANDO: 15 de novembro de 2024

ONDE: Concentração a partir das 14h no final de linha do Engenho Velho da Federação, onde fica o monumento em homenagem a Mãe Ruinhó

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