
Em um país com uma situação financeira nem tão legal, muita gente busca formas de ganhar uma grana extra. Ás vezes, é nessa que acabam caindo em alguns esquemas de pirâmide ou até no famoso ‘Tigrinho’. Mas tem outras pessoas que optam por botar seu suado dinheirinho em opções um pouco mais seguras.
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É com essa ideia que surgiu o ‘caixa’, uma forma de investimento informal que exige muita confiança — e, por que não, um pouquinho de sorte também.
Como funciona?
O ‘caixa’ é um grupo formado por amigos, colegas de trabalho ou familiares, no qual os participantes contribuem com uma quantia mensal. A cada mês, um deles recebe o valor acumulado — o chamado "ponto". Os valores arrecadados aumentam de acordo com o número de pessoas participando.
Na real, o ‘caixa’ nada mais é do que uma forma de poupar dinheiro, já que você não vai receber nem mais, nem menos do que você depositou. Por isso, é crucial que a pessoa tenha certeza de que aquele valor mensal não fará falta para pagamento de contas ou outras dívidas.
A professora Eliane Brito contou que já conseguiu tirar mais de R$ 3 mil com o ‘caixa’ e usou o dinheiro para finalmente tirar férias no fim do ano. "Usei o dinheiro que ganhei no caixa pra fazer uma viagem pra Aracaju. Deu pra curtir uns dias tranquilos, conhecer a orla e comer bem. Foi bom demais dar uma respirada", disse.
Haja confiança
Quem entra em um ‘caixa’ também precisa ficar esperto com os golpes que estão rolando por aí. É essencial investir com alguém de confiança e se atentar há quem possa sumir com sua grana.
Foi o que aconteceu com o estudante de farmácia, Samuel Cerqueira, que depositava R$ 200 todos os meses, mas na hora de receber seu ponto, foi enrolado pela organizadora.
"Paguei certinho todos os meses, R$ 200, sem atrasar. Quando chegou minha vez, a mulher começou a inventar desculpa, dizia que ia pagar e nada. No fim, sumiu e eu fiquei no prejuízo. Levei um golpe na cara dura", explicou o jovem.
Como se prevenir?
É essencial saber a reputação de quem está organizando o ‘caixa’ antes de entrar. Mesmo que seja amigo ou parente, veja se essa pessoa realmente cumpre com os pagamentos ou se é só mais um ‘miguezeiro’ querendo curtir a vida com o dinheiro dos outros.
Método tradicional
Bancos tradicionais e digitais já oferecem aos clientes os chamados "cofrinhos virtuais", que funcionam de forma parecida com os ‘caixas’, mas com muito mais segurança. Além disso, essa forma de poupar ainda pode render juros — ou seja, sua grana não fica parada e ainda cresce um pouquinho.