O indiciamento da Braskem tem se aproximado do desfecho. Isso porque, nesta terça-feira (21), a Comissão Parlamentar de Inquérito da Braskem no Senado aprovou, por unanimidade, o relatório do senador Rogério Carvalho (PT-SE). A mineradora é alvo pelo afundamento de cinco bairros de Maceió (AL).
Com o incidente, cerca de 15 mil famílias perderam seus lares. Outras 11 pessoas também são alvos de pedido de indiciamento no relatório, as quais oito estão conectadas à empresa e três ligadas a empresas que prestaram serviços à mineradora.
No mais, outras quatro dessas companhias que trabalharam para a mineradora fornecendo laudos e estudos que, segundo a comissão, eram falsos ou enganosos.
“Algumas pessoas inconsequentes em busca do lucro rápido e fácil acreditaram que poderiam escavar a terra de qualquer jeito, sem se importar com a população que morava em cima. Mesmo diante da catástrofe do Rio Grande do Sul, ainda há quem pense que pode agredir o meio ambiente de várias formas sem que isso cause problemas”, enfatizou o relator Rogério Carvalho, na sessão desta terça-feira.
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Revisão dos acordos
Ainda conforme o relatório, os acordos foram prejudiciais aos atingidos, com valores reduzidos de danos morais, além da compra das residências pela mineradora.
Apesar da indenização aos moradores, a Braskem ficou com a propriedade dos imóveis.
Agora, o documento de mais de 760 páginas será levado à Polícia Federal (PF), para a Procuradoria-Geral da República (PGR), bem como dos ministérios públicos e defensorias públicas federal e estadual para subsidiar as investigações.
Braskem
Em nota, a Braskem garantiu que continua disponível à CPI colaborando com todas as informações. "A companhia continua à disposição das autoridades, como sempre esteve", destacou a mineradora.
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