O Comando da Aeronáutica confirmou, na tarde desta segunda-feira (9), que o primeiro voo trazendo brasileiros de Israel de volta para o país, chega na quarta-feira (11), por volta de 1h da manhã, em Brasília.
Segundo a Agência Gov, nesta primeira fase, serão feitos 5 voos, sendo um por dia, até sábado (14), que trarão no total 900 cidadãos do Brasil.
O Ministério das Relações Exteriores afirma que a prioridade será para residentes no Brasil que não tenham passagem aérea para sair em voos comerciais que ainda estejam operando no aeroporto de Telaviv, capital israelense.
O Comandante da Aeronáutica, Marcelo Damasceno, disse que outras fases da operação poderão ocorrer para trazer todos que queiram retornar ao Brasil.
Damasceno detalhou que o governo também estuda formas de trazer os brasileiros que estão na região da Faixa de Gaza e na Cisjordânia, territórios palestinos cujas fronteiras com Israel estão fechadas nesse momento.
De acordo com o Itamaraty, o escritório de Representação do Brasil em Ramalla, na Palestina, está em contato com os brasileiros que estão na Faixa de Gaza, e estuda um plano de saída da região em coordenação com a Embaixada do Brasil em Cairo, no Egito.
O ataque
Israel é alvo de ataques do grupo militante palestino Hamas desde sábado (7), com investidas que incluíram bombardeios e invasões terrestres. O conflito com o grupo já deixou mortas 1.200 pessoas e outras milhares feridas.
Imagens mostram grupos armados entrando no país a partir da Faixa de Gaza, além de ataques com foguetes. Sirenes de alerta foram acionadas em várias regiões, incluindo Tel Aviv e Jerusalém, de acordo com agências de notícias.
Em um pronunciamento na televisão estatal israelense, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu convocou os reservistas do Exército como reforço e declarou "guerra": "Estamos em estado de guerra e vamos responder com um poder que o inimigo ainda não conhece".
O Hamas iniciou a guerra com uma ofensiva surpresa contra Israel, logo no início da manhã de sábado. Segundo o grupo, 5.000 foguetes foram disparados, enquanto Israel alegou que foram 2.000.