A Black Friday, data criada nos Estados Unidos e adotada pelo Brasil na última década, transformou os hábitos de consumo do país. Oficialmente ela acontece na última sexta-feira de novembro, mas aqui há promoção durante todo o mês.
Em Salvador, o fenômeno não é diferente: consumidores, que antes esperavam até dezembro para realizar suas compras de Natal, agora se antecipam e aproveitam as promoções de novembro.
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Do contrário, não são apenas os shoppings e grandes centros comerciais que concentram esse movimento. O comércio de rua e os bairros com forte atividade comercial também se consolidaram como destinos preferidos para quem busca economia e variedade.
Segundo Paulo Motta, presidente do Sindicato dos Lojistas do Comércio da Bahia (Sindilojas), bairros como Cajazeiras, Liberdade, Pau da Lima e Itapuã estão na lista de locais mais procurados.
Esses locais conseguem bater de frente com os shoppings e centros comerciais em razão do custo-benefício que começa no próprio lojista, já que "o aluguel de uma loja de shopping é muito superior ao de rua, e esse preço é refletido no produto. Então as lojas de bairros e o comércio de rua conseguem oferecer aquilo que é mais atrativo: preço”, explicou.
Comodidade fala mais alto
Outro fator que impulsiona o sucesso desses bairros é a praticidade. “As pessoas gostam da comodidade de não precisar sair de onde moram para aproveitar as promoções”, disse Paulo.
Ele também apontou que o deslocamento para os bairros tem relação com a desorganização e falta de estrutura de locais que sempre foram referência para o comércio na cidade.
Temos problemas localizados. A Baixa dos Sapateiros vive uma crise horrorosa sem a participação do poder público para criar condições de funcionamento; a Avenida Sete tem problemas com transporte e a falta de estacionamento.
Paulo Motta, presidente do Sindilojas
Produtos 'na mira'
A busca por produtos é ampla e diversificada na Black Friday, e o período é visto como uma oportunidade para renovar guarda-roupas, adquirir eletrônicos ou simplesmente comprar presentes de natal com desconto.
“Não tem isso de um segmento ser mais procurado que o outro. Todo mundo quer comprar de tudo: roupa, calçado, eletrônico, tudo”, afirmou Paulo Motta, ressaltando a dinâmica da data.