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História - 25/10/2024, 05:40 - Amanda Souza

Biblioteca Central celebra os 45 anos da Lei da Anistia

Evento teve como foco a resistência dos trabalhadores da Petrobras durante o regime militar

Evento foi realizado nesta quinta (24)
Evento foi realizado nesta quinta (24) |  Foto: Denisse Salazar /AG. A TARDE

Na tarde desta quinta-feira (24), a Biblioteca Central dos Barris, em Salvador, recebeu a palestra “Lei da Anistia, 45 anos: Memória e Luta dos Trabalhadores”, promovida pelo Centro de Memória da Bahia, vinculado à Fundação Pedro Calmon (Secult-BA).

O evento teve como foco a resistência dos trabalhadores da Petrobras durante o regime militar, destacando a importância da luta pela democracia e os direitos à memória e à justiça.

O debate contou com a participação de Raimundo Lopes, presidente da Associação Brasileira de Anistiados da Petrobras (ABRASPET), e do historiador Alex de Souza Ivo, que contribuíram com reflexões sobre a trajetória dos trabalhadores que, mesmo sob repressão, mantiveram viva a luta pela democracia.

Raimundo Lopes compartilhou histórias do que viveu durante os anos de chumbo. “O tema aqui foi realmente levar ao conhecimento dos jovens o que de fato aconteceu durante a ditadura, o que nós sofremos, o que os trabalhadores sofreram nesse período. A luta está no sangue, né? Eu acho que, apesar de ter 86 anos, ainda não parei, continuo firme. Como diz o poeta: 'Ele leva o anel de samba para aqueles que querem sambar'. Eu trago meu anel de luta para aqueles que querem lutar. Então, vamos lutar por uma democracia mais forte”, disse.

Imagem ilustrativa da imagem Biblioteca Central celebra os 45 anos da Lei da Anistia
Foto: Denisse Salazar /AG. A TARDE

Mais que a palestra, o público presente teve a oportunidade de visitar a exposição “Para que não se esqueça... Para que nunca mais aconteça”, inaugurada durante o evento. A mostra, que ficará em cartaz até o dia 1º de novembro, busca preservar e divulgar memórias sobre os abusos cometidos durante o regime militar.

Walter Silva, diretor do Centro de Memória da Bahia, defende a importância da exposição e da celebração dos 45 anos da lei da anistia. “A frase que dá nome à exposição é um lema dos movimentos sociais que lutam pela preservação de uma narrativa que represente o quão destrutiva foi a ditadura civil-militar para a população brasileira”, disse.

O que é a lei

A Lei da Anistia no Brasil (Lei nº 6.683) foi sancionada em 28 de agosto de 1979 e visava conceder anistia a pessoas que haviam cometido "crimes políticos" durante a ditadura militar, como opositores, exilados, e agentes do Estado responsáveis por violações dos direitos humanos, como torturas e assassinatos. Raimundo Lopes foi um preso político, e, por isso, acredita que contar a história da ditadura é fundamental para que essa história não se repita. “A luta está no sangue. Como diz o poeta: 'Eu levo o anel de samba para aqueles que querem sambar'. Já eu trago meu anel de luta para aqueles que querem lutar. Vamos lutar por uma democracia forte”.

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