Até o dia 31 de agosto, a região do Subúrbio de Salvador se transforma em um circuito gastronômico com a segunda edição da Batalha Gastronômica do Festival Tempero do Subúrbio. O evento reúne 10 empreendimentos de diversas áreas da culinária para oferecer uma experiência gastronômica única ao público.
O vencedor de cada categoria será premiado com R$ 5 mil. A votação será realizada pelo público consumidor e por uma equipe técnica de jurados, que avaliará não só a qualidade da comida, mas também a experiência geral do empreendimento.
A proposta é dar visibilidade às potências do Subúrbio, como explica Geise Oliveira, gestora da Di Preta Produções, que realiza o festival. "A gente evidencia esse território como um território potente, que sobrevive do empreendedorismo através da gastronomia, da pesca, da coleta de insumos através do mar", disse. "Então, a gente acredita que tem um impacto e deixa um legado importante para esses empreendedores que são estigmatizados e acabam adquirindo e se empoderando, vendo o quanto são potentes e o quanto podem atrair novos clientes e aumentar o seu faturamento em virtude da participação no nosso projeto", completou Geise.
Participam do festival o Boteco da Mari, Cantinho da Ju, Cuscuzeira Sertaneja, Delícias de Aninha, Doce Mania Gourmet, Feijão da Dulce, Gabi Cakes, Parcerias Bar e Petisco, Street BBQ e Tempero de Família. O público pode avaliar os restaurantes in loco e também pelo delivery.
Empolgados
Os empreendedores estão animados com o projeto e cheios de expectativas para colher os frutos dessa visibilidade e do possível prêmio. O Massa! conheceu três dos concorrentes, que falaram sobre como a batalha gastronômica tem feito a diferença para os empreendimentos na região.
Thiago Araújo e Gabriele Araújo, da confeitaria Gabi Cakes, começaram a empreender dentro de casa até conquistarem a loja que têm hoje. Para eles, é uma experiência e tanto participar do Festival. "Muitas pessoas acreditam que aqui no Subúrbio não pode ter algo diferente, alta gastronomia, coisas que só vemos em outros bairros. E na nossa confeitaria a gente procura diversificar, trazer novidades, e participar do Festival vai fazer com que mais pessoas conheçam esse nosso trabalho", disse Thiago.
Essa intenção de apresentar algo diferente se repete com a Josi Damasceno, do Tempero de Família. Há sete anos empreendendo no ramo, ela garante que a culinária local tem muito a oferecer. "O que eu tento trazer são coisas que as pessoas daqui nem sempre têm oportunidade de sair daqui para comer, sentar ali na orla e pagar mais caro. O forte é a comida baiana, mas eu faço paella, pratos com polvo, tudo o que pode ser chamado de diferente, mas com um tempero de casa, de família", contou Josi.
A ideia do tempero caseiro e das tradições de família é o que mais se repete quando o assunto é culinária de bairro. Exemplo disso é o Feijão da Dulce, restaurante que carrega o nome da mãe da proprietária Carmen Lúcia Amaral. "Aqui a gente trabalha com uma comida caseira, tempero saboroso, tudo feito no dia e com muito carinho. Temos mocotó e feijão aos sábados, desde de 8h da manhã, e a clientela já é certa. Mas depois do Festival já aumentou com certeza! E isso é ótimo para o Subúrbio", garantiu Carmen Lúcia.
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