
A empresa baiana Vitalmed, que oferece atendimento pré-hospitalar e serviços médicos há mais de 30 anos, foi vítima de uma fraude digital. Um site hospedado na Holanda, utilizando indevidamente o nome e a identidade visual da marca, passou a oferecer atestados médicos falsos por R$ 20 e supostos atendimentos de telemedicina. A ação criminosa foi descoberta após reclamações de consumidores que alegaram ter pago pelos documentos sem recebê-los.
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O golpe foi identificado através do endereço eletrônico www.atendimentovitalmed.com, que não pertence à empresa. Ao perceber a movimentação suspeita, o setor de marketing da Vitalmed iniciou uma investigação interna e confirmou a falsificação ideológica.
“Começamos a receber mensagens de pessoas dizendo que haviam pago por um atestado médico e não receberam. No início, pensamos se tratar de algum atendimento do nosso plano ambulatorial, o Boa Saúde. Mas, ao entrar em contato com os clientes, percebemos que era uma compra de atestado”, explicou João Lacerda, diretor de Marketing da empresa.
De acordo com ele, a equipe identificou que o site falso utilizava um CNPJ registrado em São Paulo e operava a partir de um domínio estrangeiro. “Assim que constatamos a fraude, o departamento jurídico registrou um boletim de ocorrência e acionou as plataformas para retirada imediata do conteúdo do ar”, completou.
A Vitalmed reforçou que não realiza atendimentos, consultas ou emissão de documentos fora do seu site oficial, www.vitalmed.com.br, nem por redes sociais não verificadas. A empresa também emitiu comunicados em seus canais e veículos de imprensa alertando sobre o golpe.
“Infelizmente, esses criminosos se aproveitam da credibilidade de empresas sólidas e conhecidas, como a nossa, para enganar as pessoas. É importante que os clientes desconfiem de ofertas fora dos canais oficiais e, em caso de dúvida, entrem em contato com a nossa central de relacionamento”, orientou o diretor.
Além do registro policial, a Vitalmed pede que vítimas do golpe também façam boletim de ocorrência, a fim de colaborar com a investigação. Lacerda destacou ainda que a venda e a compra de atestados médicos configuram crime, tanto para quem comercializa quanto para quem adquire. “O atestado médico é fruto de uma consulta, de uma análise clínica e de um diagnóstico profissional. Comprar ou vender esse tipo de documento é uma ilegalidade”, alertou.
Além das medidas judiciais, a diretora médica da Vitalmed também realizou um registro no Conselho Regional de Medicina (Cremeb), reforçando a gravidade da situação e a necessidade de apuração junto ao órgão de classe. “Fizemos o boletim de ocorrência e, paralelamente, comunicamos o Conselho de Medicina sobre o caso, para que as devidas providências sejam tomadas também na esfera ética e profissional”, acrescentou Lacerda.
*Sob supervisão do editor Anderson Orrico
