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ALERTA GERAL - 30/03/2023, 17:01 - Pedro Moraes - Atualizado em 30/03/2023, 17:27

Baianos dão a ideia sobre medida da Anvisa sobre produtos da Fugini

Após o anúncio da Anvisa sobre a suspensão referente aos alimentos da marca Fugini, a equipe do Portal Massa! foi às ruas escutar o povo

Após o anúncio da Anvisa sobre a suspensão referente aos alimentos da marca Fugini, a equipe do Portal Massa! foi às ruas escutar o povo
Após o anúncio da Anvisa sobre a suspensão referente aos alimentos da marca Fugini, a equipe do Portal Massa! foi às ruas escutar o povo |  Foto: Denisse Salazar/Ag.A TARDE

Molho de tomate, maionese, ketchup, mostarda, batata palha e conservas vegetais. Todos esses ingredientes costumam estar inseridos em rangos como aquele velho e bom cachorro-quente. Porém, é necessário abrir o olho para algumas marcas que estão sendo comercializadas por aí, seja naquele mercado de grande porte ou naquele mercadinho de seu Zé, que fica logo ali na esquina de sua rua.

Desde quarta-feira (29), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu a fabricação, comercialização, distribuição e uso de todos os alimentos da marca Fugini, sediada na cidade de Monte Alto, no estado de São Paulo. Essa medida levou em consideração a realização de uma inspeção sanitária na fábrica paulista.

Na ocasião, foram identificadas falhas graves de boas práticas de fabricação referentes a questões como higiene, controle de qualidade e segurança das matérias-primas. Aspectos esses que podem gerar malefícios a qualidade e segurança do produto final.

Ciente dessa intervenção, a equipe do Portal Massa! bateu perna pelas ruas de Salvador, becos e vielas, para saber a opinião do povo. Visitamos três mercados. No primeiro, localizado no bairro do Pau Miúdo, na capital baiana, identificamos vários produtos da Fugini, sobretudo molhos de tomate.

Dessa forma, perguntamos a uma senhora, de 69 anos, chamada Casimira Santos, sobre o uso desses produtos nas comidas que prepara dentro de casa. A aposentada relatou que prepara pessoalmente o molho de tomate que consome, mas que sempre questionou o prazo de validade deste produto.

Aspas

“Eu prefiro coisas mais naturais, para a saúde é mais benéfico. Preparo o molho com tomate, com cebola, alho, que fica perfeito. Mas, acho ótimo essa medida, porque eu acredito que esses molhos [de tomate] não são bons não, como é que eles conseguem aguentar tanto tempo assim… Um ano? É muito ruim para a saúde das pessoas”, contou a senhora que mudou os hábitos alimentares há cerca de 13 anos, após participar de um curso de culinário no Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial)

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Praticidade não é tudo

A correria do dia a dia nem sempre favorece a galera de preparar suas refeições da forma mais saudável possível. É nesse momento que a praticidade de comprar os produtos já feitos - industrializados -, aparece como principal alternativa. Ketchup, maionese e mostarda têm preços que variam entre R$ 2,99 a R$ 3,49, em mercados populares.

No bairro do Uruguai, por exemplo, a nossa equipe identificou um segundo mercado que, apesar do preço estar mais em conta do que em outros estabelecimentos de grande porte, continuam comercializando os produtos da marca Fugini.

Aspas

“Eu estava por fora dessa medida da Anvisa, mas, esse alerta é importante, porque nem sempre o que vemos, às vezes, na promoção, é o que é saudável. Agora vou cair fora dessa marca aí, porque busco praticidade, e não ir parar no hospital ruim de saúde”, dispara a pedagoga, Roselene Sena, de 36 anos, em entrevista ao Portal Massa!.

A mesma novidade chegou também para Roberto Alves, almoxarife, de 46 anos, que ficou na bronca ao saber da notícia.

Aspas

“Essas empresas são duvidosas, a gente nunca sabe como é feito a união dos ingredientes dentro desses produtos, aí agora a gente descobre isso. Vai saber o que eles colocam ali, né? Tem que ter uma fiscalização com muita atenção porque o consumidor merece colocar dentro de casa coisas saudáveis”, aponta.

Entramos em contato com a Superintendência de Proteção e Defesa do Consumidor (PROCON-BA) para saber se já existe uma fiscalização ou recebimento de denúncias a respeito desta situação.

Por meio de nota, o órgão vinculado à Secretaria de Justiça e Direitos Humanos da Bahia (SJDH) informou que "está monitorando o caso relacionado a comercialização de produtos proibidos. Caso seja constatada qualquer irregularidade, o órgão adotará as medidas previstas no Código de Defesa do Consumidor, que podem ser autuação, descarte e multas administrativas".

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