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ETERNA - 21/06/2024, 19:48 - Gabriel Moura/Portal A TARDE e Da Redação/Portal MASSA!

Baiana de acarajé que morreu no Barradão deixa "saudades" no enterro

Compartilhar no X Compartilhar no Email 21/06/2024 às 17:00 há 2 horas | Autor: Gabriel Moura Baiana de acarajé que morreu no Barradão é enterrada: "S

Enterro aconteceu, nesta terça-feira (21), no Cemitério Bosque da Paz
Enterro aconteceu, nesta terça-feira (21), no Cemitério Bosque da Paz |  Foto: Gabriel Moura/Ag. A TARDE

O sorriso mais doce que o favo de jati e o abraço mais quente que o azeite de dendê usado para preparar suas delícias são as lembranças que eternizarão Iracema nas lembranças daqueles que lotaram a sala de velório número 3 do Bosque da Paz na tarde desta terça-feira (21) para o adeus à baiana de acarajé.

Por lá, privilegiados que se referiam à quituteira não apenas como “baiana”, mas como amiga, tia, avó e mãe. É o caso de Adauto Aragão dos Santos, que ressaltou a alegria da mãe.

“Conversava com todo mundo, brincava, xingava todo mundo, todo mundo dava risada”, disse o rapaz.

Iracema faleceu nesta quinta-feira (20) no Barradão, local onde vendia acarajé há décadas.

“Não era para ela ir trabalhar. Ela que gosta de trabalhar, é da correria. Ninguém fazia ela voltar atrás. Ela, na insistência, foi. Eu até queria ir no lugar dela. Falei com ela: ‘Quer que eu vá no lugar da senhora? A senhora não está muito legal, eu vou com as meninas e a senhora fica em casa’. Ela disse: ‘Não, não, eu vou para o Barradão’”, contou Adauto.


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Perturbada, no bom sentido

Unanimidade por lá, além do afeto pela matriarca, o gosto pelo humor de Iracema.

"Ela era brincalhona mesmo. Perturbada, como eu sempre dizia. Perturbada, que adorava perturbar os outros. Sempre me chamava de peste porque era tentado”, lembra o neto Matheus. “E olhe que eu sou o neto mais tranquilo dela”, ressalta.

Já a amiga e colega de profissão Maristela Miranda fez questão de exaltar os dotes culinários de Iracema. “O acarajé dela era muito diferenciado”, pontuou.

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