Por Amanda Souza
Maior baía tropical do mundo, a Baía de Todos os Santos está completando 521 anos de batismo nesta terça-feira (1). Nessa mesma data, no ano de 1501, a maior baía navegável do Brasil era descoberta pela expedição portuguesa comandada por Gaspar de Lemos.
Hoje, essa é uma das maiores riquezas do estado e do país; a baía é composta por 16 municípios, possui 56 ilhas, mais de 1000 km2, e um ecossistema imensurável, que requer preservação para manter viva a história e a cultura das regiões que abrigam essas águas.
Em celebração a esse novo ciclo, o projeto o Projeto Paramana Nature vai promover uma ação e tanto no próximo sábado, dia 5, na praia de Mar Grande, na Ilha de Vera Cruz. Como forma de incentivar a preservação da Baía, eles vão coletar resíduos no mar. “A proposta é sustentabilidade, porque o cuidar de hoje será o futuro do amanhã”, aponta Wagner Miau, gerente de marketing do Paramana Gin, marca idealizadora da ação de preservação que tem como um dos focos do projeto da Baía.
A iniciativa é realizada em parceria com a prefeitura de Vera Cruz e pretende ter um impacto positivo e conscientizador no que se refere ao cuidado e manutenção adequada desse tesouro natural. “Nós sempre somos convidados para colaborar e estaremos lá para essa grande mobilização de limpeza do mar e da praia de Mar Grande”, destaca Wagner. “Estamos indo no dia 2 fazer uma visita técnica e, junto com uma comissão e a prefeitura de Vera Cruz, vamos construir um roteiro”, completa.
Preservada, Baía se consolida como grande destino turístico Ações como a do próximo sábado são fundamentais para que as belezas e saúde das águas da Baía de Todos os Santos permaneçam atrativas. Dessa maneira, esse ecossistema também se consolida como um destino turístico incontestável, atraindo visitantes e movimentando a economia dos 18 municípios do recôncavo que estão no entorno da Baía.
De acordo com informações da Secretaria de Turismo da Bahia (Setur), o Governo do Estado tem investido esforços nessa região através do apoio a planos de gestão de resíduos sólidos; campanhas em prol da sustentabilidade e da preservação do meio ambiente e suporte a associações de catadores de materiais recicláveis. Em paralelo, existem ações de cunho social para profissionalizar jovens da região em condição de vulnerabilidade nos segmentos de gastronomia, artesanato, meios de hospedagem e outros.
Além dessas ações socioambientais, há ainda um planejamento de infraestrutura para que esses locais tenham uma estrutura náutica adequada para um destino turístico internacional. O investimento, que ocorre por meio do Prodetur e de financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), é de mais de US$ 70 milhões, o que possibilitou construção de marinas, píeres, atracadouros, bases e rampas de acesso ao mar.
O projeto possui, no total, 12 intervenções, sendo 11 delas voltadas para a infraestrutura náutica e uma restauração do Museu do Recôncavo Wanderley Pinho, em Candeias, de cunho cultural. Esse investimento deve fazer da zona turística um grande polo náutico do Brasil.