A festa do 2 de julho é um momento de comemorar a independência do Brasil na Bahia, quando o estado se libertou do domínio de Portugal. É para celebrar esse marco histórico e reverenciar a ancestralidade de um povo liberto que o Babalorixá do terreiro de candomblé Ilê Axé Ibece Alaketú, Robson do Agogô, chegou às 4h30, vindo da cidade de Cachoeira, no recôncavo baiano, para acompanhar o cortejo do 2 de Julho.
Em entrevista ao Grupo A Tarde, Robson destacou a importância da data. “Nós temos que reverenciar, levar nosso caboclo, nossa cabocla, e também nós, do povo de matriz africana, independentemente de cor, raça, etnia ou religião, católico apostólico romano, devemos ressaltar a importância do 2 de julho”, afirmou.
Leia também:
Ciclistas de Lauro 'metem o pé' na estrada para celebrar o 2 de julho
Festa dupla! Soteropolitano festeja niver dos irmãos no 2 de julho
O Babalorixá também veio para curtir a festa, como bom baiano. “Eu estou muito feliz, porque hoje o samba de barravento vai comer no centro. Viva o caboclo, viva o 2 de julho e viva a nossa Bahia”, celebrou.
Robson também salientou que a comemoração não é exclusiva da Bahia, mas de todos. “E também para toda nossa África. Tanto que é uma festa para todos, da independência, então todos nós somos independentes, caminhando, conduzindo cada vez mais a ancestralidade, a nossa Bahia, terra do axé e Bahia de Todos os Santos. Axé!”
Ancestralidade
Robson explicou que segue a tradição por reverência à sua família. “Eu venho celebrando através da minha mãe, da minha avó, sigo essa tradição pelo meu axé, e temos a responsabilidade de comemorar o 2 de julho, o 2 de fevereiro [dia de Iemanjá], o Senhor do Bonfim, São Lázaro, Santa Bárbara, porque a nossa Bahia é a Bahia de Todos os Santos”, finalizou.