![Grupo alega ter sido expulso pelo padre](https://cdn.jornalmassa.com.br/img/Artigo-Destaque/1250000/380x300/Babalorixa-diz-que-ele-e-grupo-foram-expulsos-de-i0125248300202403252156-ScaleOutside-1.webp?fallback=%2Fimg%2FArtigo-Destaque%2F1250000%2FBabalorixa-diz-que-ele-e-grupo-foram-expulsos-de-i0125248300202403252156.jpg%3Fxid%3D5949445&xid=5949445)
Um grupo de candomblecistas liderado pelo babalorixá Adriano Santos alega que foi retirado da Igreja dos Mares, na Cidade Baixa, em Salvador, durante uma missa realizada na sexta-feira (22), utilizada pelos membros da religião de matriz africana com um ritual tradicional de apresentação de novos iniciados à fé.
Em um vídeo publicado nas redes sociais, Ronald Alagan, candomblecista presente no momento, relata que o padre Manoel da Paixão Gomes do Prado interrompeu a missa para pedir a retirada do grupo. Alagan classifica o episódio como "constrangedor, vergonhoso, intolerante, discriminatório e racista".
Um boletim de ocorrência foi registrado pelos candomblecistas. Adriano Santos, o babalorixá, afirma que já havia realizado o mesmo ritual na igreja outras vezes, sem problemas, mas desta vez foi expulso sob a alegação de estar desrespeitando a religião católica.
Posição da Arquidiocese
A Arquidiocese de Salvador emitiu uma nota sobre o caso, declarando que está acompanhando a situação e buscando apurar os fatos. A nota defende o padre Manoel, afirmando que ele não tem histórico de discriminação ou racismo e que sempre se pautou pelo respeito às diferentes religiões.
A Arquidiocese também repudia "quaisquer atos de intolerância religiosa", defendendo o respeito aos lugares de culto e aos seus frequentadores.
Investigação
A investigação do caso está em andamento. A Polícia Civil busca ouvir os envolvidos e testemunhas para determinar se houve crime de intolerância religiosa.