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Evento gratuito - 24/05/2024, 12:40 - Artur Soares*

Artistas metem dança em Cajacity durante festival de coreografias

Mostra Movimenta reúne artistas da comunidade neste sábado (25), no Centro Cultural Boca de Brasa

Evento será composto por montagens artísticas de dançarinos renomados
Evento será composto por montagens artísticas de dançarinos renomados |  Foto: Divulgação

Cajazeiras foi tomada pelo poder da dança. Durante todo o mês de maio, o bairro foi sede de diferentes atividades voltadas para a produção cultural. Se aproximando de seu fim, o Festival Movimenta Cajazeiras vai realizar neste sábado (25) a Mostra Movimenta, reunindo 13 coreografias feitas por artistas da comunidade. A mostra acontece a partir das 19h, no Centro Cultural Boca de Brasa de Cajazeiras, e a entrada é gratuita.

O evento será composto por montagens artísticas de dançarinos renomados da capital baiana. Dentre eles, está o bailarino Marcos Ramos, criador do solo de dança “Antes nos Comparavam”. O dançarino ressaltou o poder transformador que essa arte desenvolve na vida daqueles que a praticam. “A dança dá futuro, salva vidas, cura e salva almas. Dentro dessas afirmações, é inegável o poder da arte dançante na vida de uma sociedade”, contou em entrevista ao Jornal MASSA!.

Bailarino Marcos Ramos, criador do solo de dança “Antes nos Comparavam”
Bailarino Marcos Ramos, criador do solo de dança “Antes nos Comparavam” | Foto: Divulgação

O artista assume que essa é sua primeira vez apresentando um solo em um teatro. Apesar de ser algo desafiador, ele afirma que a experiência está sendo maravilhosa. “Para o artista, todo esse processo é incrível. É doloroso, tem bastante ensaio, mas não deixa de ser prazeroso, até porque a gente quer mostrar nosso melhor lado, nossa melhor arte”, explicou.

O Festival Movimenta Cajazeiras é uma realização da iniciativa Movimenta Cajazeiras, um grupo formado por dançarinos do bairro e região. Esta é a primeira edição do festival, mas a previsão é para que ele se torne algo recorrente no local. “O objetivo é conseguir captar recursos a partir dos editais públicos, para que a gente continue fazendo este festival e se torne algo calendarizado”, revelou Marcos Ferreira, responsável pela direção artística.

Apesar de normalmente não receber a atenção merecida, a produção artística de Cajacity é extensa e plural. Ferreira aponta que o local é um centro de artistas promissores. “Cajazeiras é um grande polo de talento, cultura, diversidade e na arte. A gente vem falando que aqui é uma grande escola porque tem muitos talentos”, analisou.

Roda de conversas e Fórum de Dança

Além da mostra que acontece amanhã, no domingo vai rolar uma roda de conversa para encerrar o festival. O debate começa às 10h, no Centro Cultural Boca de Brasa de Cajazeiras, e tem como objetivo debater os atuais obstáculos enfrentados por quem produz arte no bairro atualmente. A partir dos temas discutidos, será formado um novo Fórum de Dança de Cajazeiras.

“O fórum nasce com o objetivo de primeiramente unir a classe. A partir disso, a ideia é discutir quais as necessidades de cada grupo”, detalhou Marcos Ferreira. Elaborar esse “diagnóstico” do cenário de dança do bairro é o primeiro passo para que políticas públicas sejam elaboradas pensando no incentivo da arte na comunidade. “É necessário que a classe se una para que possamos construir essas pautas e daí começarmos a discuti-las”, continuou.

Dentre as necessidades enfrentadas pelos dançarinos do bairro, a principal delas é a ausência de espaço para realização de ensaios. Atualmente, os artistas precisam se virar com o que podem para continuar fazendo o que amam. “Temos um teatro, mas ele não tem estrutura de salas de ensaio. Para a gente conseguir ensaiar precisamos contar com a ajuda dos colégios estaduais, que muitas vezes abrem as portas para ensaiarmos”, afirmou.

Outro ponto defendido é a existência de uma bolsa para os jovens que se dedicam à arte. Marcos defende que essa seria uma forma de fomentar o cenário da dança na capital. “Muitos alunos estão nas nossas salas, tomando aula, mas acabam largando porque precisam trabalhar”, ressaltou.

*Sob a supervisão do editor Jefferson Domingos

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