Apesar dos nomes artísticos, as ruas de Itapuã vinham sentindo falta de mais manifestações culturais. Para incentivar essa prática, o projeto “Ruas das Artes” surge com o objetivo de revitalizar a identidade cultural do bairro. Sob a coordenação de Lindomar Luis, com direção artística de Klaus Schuenemann e produção executiva de Ivana Muzenza, o projeto selecionou dez artistas para expor suas obras nas ruas do bairro. As intervenções são gratuitas e abertas ao público. As atividades seguem até o dia 25 de novembro e a programação completa pode ser conferida no Instagram oficial do projeto @Ruasdasartes.
A proposta do Ruas das Artes é homenagear a diversidade cultural baiana por meio de intervenções como esculturas, painéis, grafites, som ambiente e vernissages. Dez ruas de Itapuã foram contempladas, cada uma com um foco artístico específico. Entre elas estão a Rua da Prosa, Rua dos Versos, Rua do Teatro e Rua da Música. O objetivo é conectar tradições locais a manifestações contemporâneas, com um ambiente interativo tanto para os moradores quanto para os visitantes.
Segundo Klaus Schuenemann, o projeto prioriza a colaboração entre artistas locais e de outras regiões de Salvador, promovendo uma mistura de estilos. "Queríamos chamar artistas parceiros para executar as obras com um custo mais acessível, contemplando tanto pessoas do bairro quanto de outras áreas da cidade. A variedade de linguagens artísticas enriquecem o projeto", explica o diretor artístico.
A Rua da Música, por exemplo, está sob responsabilidade de Yosh José, artista visual que se inspirou na forte presença musical do bairro. "Pensei muito na musicalidade de Itapuã, no samba e nas Ganhadeiras de Itapuã. A ideia foi traduzir o movimento da música e dos instrumentos, utilizando cores que captam a energia do local", afirma o artista.
Com o apoio da Fundação Gregório de Mattos, o projeto convida o público a explorar as diferentes linguagens artísticas presentes nas ruas do bairro. A fotógrafa Denisse Salazar, participante do projeto, destaca a importância de iniciativas como essa."Participar de projetos sociais sempre será muito gratificante, já que quem vive a comunidade sabe da importância da ocupação de espaços ancestrais. Poder fazer parte, tanto como moradora quanto como profissional, me deixa com mais esperança de novos caminhos e suportes, onde a arte virá para ser de todos", afirmou.
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