Ambulantes que trabalham nas festas populares de Salvador aprovaram, em assembleia, a criação da Associação das Trabalhadoras e Trabalhadores Ambulantes das Festas Populares de Salvador. A liderança Graziela Santos destaca que o objetivo da associação consiste em defender os direitos dos ambulantes "de uma forma mais organizada" para fortalecer a luta das famílias que precisam trabalhar com a comercialização dos produtos e são fundamentais para a realização dos eventos da capital baiana.
"As festas de rua não existem sem os ambulantes. Nós somos primordiais para que os eventos de rua ocorram e não vamos aceitar que a prefeitura continue nos tratando como coisas, como lixos. As humilhações que passamos no Carnaval do ano passado e em outras festas populares não podemos permitir que continuem. Apenas queremos trabalhar e garantir o sustento das nossas famílias. Por isso, resolvemos criar a Associação para fortalecer a nossa luta”, frisou a ambulante Graziela Santos, durante evento de criação da Associação, na noite da última quinta-feira (10), na sede do Sindprev.
Na ocasião, o movimento lançou a "Carta das Trabalhadoras e Trabalhadores Ambulantes à Sociedade Soteropolitana e à Prefeitura de Salvador". No documento, afirmam que a prefeitura "não aceitou discutir a possibilidade de universalização da isenção da taxa de pagamento que também é um fator de exclusão, principalmente, das pessoas em condições mais vulneráveis; não oferece condições mínimas de higiene pessoal para nossa manutenção ao longo dos dias de festa; não disponibiliza banheiros e pedimos a imediata extinção do RAPA", relatam os ambulantes na carta.