
Enquanto fiéis e turistas se reúnem para celebrar a Festa de Santa Bárbara, na manhã desta quarta-feira (4), vendedores ambulantes aproveitam a movimentação no Pelourinho para expor seus produtos e tentar garantir uma renda extra.
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Apesar da fé e da devoção marcarem o evento, muitos trabalhadores veem na festa uma oportunidade para driblar as dificuldades econômicas e aumentar suas vendas.
Marilene Paixão, moradora do bairro do Uruguai, é uma das vendedoras presentes no evento. Após deixar a costura de biquínis, ela passou a investir no artesanato e hoje expõe criações como garrafas decoradas e bonecos para enfeitar banheiros.
“Eu gosto de fazer artesanato, comecei a me interessar, fui aprendendo e me aperfeiçoando. Todo ano estou aqui na Festa de Santa Bárbara, além de participar de outras festas populares. Hoje as vendas estão fracas, mas a gente sempre tem expectativa de melhora”, afirmou Marilene, que confia na movimentação do dia para impulsionar seu negócio.
Já Elaine dos Santos, que participa da festa há mais de 10 anos, também faz parte do grupo de vendedores que se mistura aos fiéis.
“Venho para vender mesmo. As vendas não estão maravilhosas, mas também não estão ruins. Dá para tirar um dinheiro. Que Santa Bárbara nos abençoe para a gente vender mais”, disse ela, otimista com o movimento que deve crescer ao longo do dia.

A Festa de Santa Bárbara, que inaugura o ciclo de festas populares e religiosas da Bahia, atrai milhares de pessoas e movimenta o comércio informal. Além de produtos artesanais, os ambulantes oferecem comidas, bebidas e artigos religiosos, como fitinhas, imagens da santa, velas e flores.
Tem quem vende e tem quem dá!
Além dos comerciantes, quem marca presença são os voluntários, como a farmacêutica Mayra Toledo, que há quatro anos distribui acarajés de Iansã gratuitamente durante a festa. Este ano, ela preparou seis quilos da iguaria.
“Já tem quatro anos, cada ano eu aumento um quilo. Por isso que já estou com um banquinho, porque no braço eu não aguento mais. Estou desde cinco horas da manhã batendo acarajé”, revelou, com bom humor.

Sobre sua motivação, ela explica: “É uma festa religiosa para celebrar a nossa fé, independente de religião, e eu acredito muito nisso”.
A Festa de Santa Bárbara, que abre o ciclo de festas populares e religiosas da Bahia, continua sendo um espaço de fé, comércio e união.