
Duas estudantes de medicina podem ser penalizadas criminalmente por gravarem um vídeo expondo o caso raro de uma paciente falecida, que realizou um transplante em um hospital universitário de São Paulo, onde elas estudavam.
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As universitárias gravaram um vídeo para uma rede social contando o caso de uma paciente, sem expor nomes ou imagens. Porém, pela singularidade do diagnóstico, a família rapidamente reconheceu que o vídeo se tratava da paciente em questão. Os parentes, então, fizeram um boletim de ocorrência, e a Polícia Civil enquadrou o caso como possível crime de injúria, pois, no vídeo, uma das estudantes culpa a paciente pelo transplante não ter dado certo.
As jovens podem ser enquadradas também por violação de segredo profissional, com pena de três meses a um ano de detenção ou multa. A USP, responsável pelo hospital onde as estudantes gravaram o vídeo, informou que elas são graduandas de outras instituições e que apenas participavam de um programa de extensão na universidade.
Em nota, ainda citou que repudia a atitude das estudantes: “A Universidade de São Paulo repudia com veemência qualquer forma de desrespeito a pacientes e reafirma o compromisso inegociável com a ética." O vídeo foi removido da plataforma.