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Perigo - 16/03/2024, 12:05 - Dara Medeiros

Alerta! Estudo aponta que Chikungunya pode causar danos cerebrais

Pesquisadores fizeram um alerta para que os protocolos de tratamento da doença sejam atualizados

Vírus pode causar danos irreversíveis dos pacientes
Vírus pode causar danos irreversíveis dos pacientes |  Foto: Divulgação/Fiocruz

Um estudo feito por pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) em parceria com outras cinco instituições apontou que o vírus Chikungunya é capaz de se espalhar pelo corpo através do sangue, atingir vários órgãos e causar danos cerebrais. A pesquisa concluiu que os mecanismos de ação, que foram observados pela primeira vez em casos fatais, indicaram que o vírus consegue atravessar a barreira que protege o sistema nervoso central.

Diante da nova informação, os pesquisadores fizeram um alerta para que os protocolos de tratamento da doença sejam atualizados. “Isso mostra uma necessidade de acompanhar o paciente, inclusive aquele que saiu da infecção aguda, que já melhorou. É preciso acompanhar porque essas manifestações podem aparecer um tempo depois da suposta cura”, disse o professor José Luiz Proença Módena, do Instituto de Biologia, ao G1.

Na prática, os estudiosos observaram a presença do vírus em amostras de líquor cefalorraquidiano, o que demonstrou a capacidade dele de atravessar uma camada protetora e alcançar o sistema nervoso, podendo chegar até o cérebro e trazer danos neurológicos, inclusive deixando sequelas no paciente. Há também o risco de morte em casos mais graves.

“É importante entender como essas infecções acontecem, se elas podem acontecer de forma progressiva. Eventualmente, a pessoa pode até evoluir para um caso desses sem saber que teve Chikungunya, porque existe uma parte que é assintomática, mas que pode, de repente, entrar nessa gravidade”, refletiu o professor.

O time que fez parte do estudo contou com virologistas, médicos, epidemiologistas, clínicos, físicos e estatísticos da Unicamp e das universidades do Kentucky (Estados Unidos), de São Paulo (USP), do Texas Medical Branch (Estados Unidos) e Imperial College London (Reino Unido), além do Laboratório Central de Saúde Pública do Ceará (Lacen).

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