O afundamento de solo, em ao menos 10 bairros de Maceió (AL), onde a Petroquímica Braskem construiu minas de sal-gema, material usado na produção de itens como PVC e soda cáustica, pode gerar um prejuízo em torno de R$20 a R$30 Bilhões. A projeção foi apresentada pela secretária da Fazenda de Alagoas, Renata Santos.
“Estamos discutindo os problemas com a Braskem desde 2019. Ao longo desse tempo, fizemos vários estudos. Em um deles, o mais recente, as estimativas de custo chegam, no cenário mais estressado, a R$30 bilhões. A menor avaliação de perdas é de cerca de R$20 bilhões”, disse ela ao Metrópoles.
O valor inclui impactos em seis áreas e abrange perdas de patrimônio de escolas, equipamentos de saúde, danos individuais e coletivos.
“O estudo reúne impactos em várias frentes. Elas incluem o prejuízo para o patrimônio físico do estado, cujo custo é mais fácil de ser definido, além da queda de arrecadação de impostos, como o ICMS. Trata também dos danos morais das vítimas, problemas de mobilidade urbana e as consequências para os municípios da Região Metropolitana de Maceió do afundamento do solo. Por fim, abrange danos ambientais”, ressaltou Renata.
Cerca de 60 mil pessoas foram afetadas pelo afundamento do solo causado na região. “Oito dos 12 municípios da Região Metropolitana, além de Maceió, sofreram impacto direto com a realocação de pessoas. Alguns deles com grande intensidade, como é o caso de Satuba. Mas, em geral, essas cidades receberam contingentes enormes de uma hora para outra e tiveram gastos ampliados com a coleta de lixo, o transporte escolar e coisas desse tipo. E tudo aconteceu de forma inesperada”, pontuou a secretá
ria.