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Campo da Pronaica - 16/02/2024, 15:03 - Anderson Orrico e Bruno Dias

Advogados querem responsabilização de todos os envolvidos em acidente

Jovem Andrei Peroba teve o braço amputado após falha no brinquedo em Cajazeiras

O grave acidente aconteceu na noite desta quinta-feira (15), em um parque em Cajazeiras 10
O grave acidente aconteceu na noite desta quinta-feira (15), em um parque em Cajazeiras 10 |  Foto: Mila Souza/Ag. A Tarde

Os advogados da família de Andrei Peroba, de 20 anos, que teve o braço amputado após acidente em um brinquedo do parque de diversões instalado no Campo da Pronaica, em Cajazeiras, afirmaram na tarde desta sexta-feira (16), que querem a responsabilização de todos os envolvidos no caso.

“A gente está buscando a responsabilização de todos os criminosos, todas as pessoas envolvidas. De plano a gente consegue observar, infelizmente, a autoridade policial, a pessoa que fez o boletim de ocorrência, errou na tipificação penal, afinal de contas até então, isso estava sendo tratado como lesão corporal grave, todavia trata-se de uma lesão corporal gravíssima, então de plano já estamos correndo atrás do devido enquadramento do código penal brasileiro. Estamos falando sobre pena, então com isso, sendo uma lesão corporal gravíssima, a pena [para os responsáveis] modifica com toda certeza”, disse.

Ainda de acordo como advogado Bruno Mauro, já existe a certeza de que o acidente foi causado por uma falha mecânica.

Advogados da família de Andrei: Antônio Jorge, Bruno Moura e Matheus Almeida
Advogados da família de Andrei: Antônio Jorge, Bruno Moura e Matheus Almeida | Foto: Bruno Dias/Portal MASSA!

“Já temos a certeza que trata-se de uma grande falha. O jovem estava nesse brinquedo, se divertindo com sua irmã de apenas 17 anos, e dentre tantas outras jovens e crianças também. E, infelizmente, esse brinquedo caiu, uma parte desse brinquedo caiu em cima do braço desse rapaz. E de plano já podemos dizer que existiu, obviamente, uma falha, e vamos detectar, especificamente, que falha foi essa.

Bruno Mauro reforçou que nenhum responsável pelo parque apareceu para dar explicações sobre o ocorrido.

“Infelizmente, sequer qualquer preposto, qualquer representante desse parque, ou da prefeitura, por conta do Alvará, entrou em contato conosco, no nosso escritório, muito menos com a família. Então, até o momento, não tivemos nenhum retorno do parque”, afirmou.

Ainda não se sabe se o parque tinha liberação para funcionar no local, e os advogados continuam atrás dessa confirmação para entender como foi liberado com algumas irregularidades.

“Nós estamos buscando junto com as autoridades competentes justamente essa confirmação [se tinha ou não alvará], mas o que a gente já está começando a colher de informação é de que haviam diversas irregularidades tanto no viés de fiscalização com relação à prefeitura, quanto em viés práticos em relação aos funcionamentos. Teve uma advogada aqui, representando a parte, que até me insinuou que havia um alvará, mas as autoridades competentes já nos informaram que haviam algumas irregularidades que não foram preenchidas, inclusive com relação à manutenção dos brinquedos, com relação à manutenção do solo, e tudo isso, com certeza, agravou o acidente”, disparou.

O advogado também reclamou sobre o ocorrido ser chamado de acidente, pois retira a responsabilidade dos envolvidos.

"Quando nós chegamos aqui, a família estava muito emocionada e não teria como ser diferente, mas para a gente começar a falar em justiça é fundamental que a gente não chame isso de acidente ou de fatalidade, porque isso retira a responsabilidade tanto dos órgãos públicos quanto dos proprietários dos parques. Nós temos que buscar a responsabilização, então chamar isso de acidente ou de fatalidade está fora de questão. A gente está aqui para evitar justamente que isso seja conhecido como mais um caso que não dá em lugar nenhum. Vamos para cima com certeza e buscar a responsabilização tão criminal quanto cível também, porque a família e a comunidade de Cajazeiras merecem respostas", finalizou.

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