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Tudo arquitetado - 22/01/2024, 18:39 - Da Redação

Ação para atacar indígenas foi articulada por fazendeiros no zap

Uma indígena acabou morta e outras pessoas ficaram feridas

Sem aguardar decisão judicial, fazendeiros e comerciantes cercaram a região
Sem aguardar decisão judicial, fazendeiros e comerciantes cercaram a região |  Foto: Reprodução / Redes sociais

O ataque que culminou na morte da índigena Maria Fátima Muniz de Andrade, na região Sul da Bahia, no domingo (21), foi articulado por aproximadamente 200 proprietários rurais, através do WhatsApp, em um grupo denominado "Invasão Zero", conforme informações divulgadas pelo Ministério dos Povos Indígenas (MPI).

Segundo o MPI, a ação ocorreu na Fazenda Inhuma, em Potiraguá, ocupada por indígenas Pataxó Hã Hã Hãi no último sábado (20), considerada por eles como área de ocupação tradicional.

Sem aguardar decisão judicial, fazendeiros e comerciantes cercaram a região com várias caminhonetes, tentando retomar a propriedade. A convocação para a ação de reintegração da propriedade invadida foi disseminada através do Whatsapp, indicando urgência, com o ponto de encontro marcado no Rio Pardo, na entrada de Pau Brasil, também no Sul da Bahia.

Dois fazendeiros foram detidos, incluindo o responsável pelos disparos que resultaram na morte de Maria Fátima Muniz de Andrade. O cacique Nailton Muniz Pataxó também foi atingido por tiros, mas sobreviveu.

Um indígena armado com uma arma artesanal também foi detido. A Polícia Militar relatou que um fazendeiro foi ferido por uma flecha no braço, mas está em condição estável. Pelo menos outras sete pessoas ficaram feridas, incluindo uma mulher com o braço quebrado. As demais vítimas foram hospitalizadas, mas não correm risco de morte.

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