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Memória - 13/05/2025, 13:00 - Da Redação

13 de maio: 5 coisas sobre a escravidão no Brasil que você não sabia

Assinatura da Lei Áurea ocorreu em 13 de maio de 1888

Reveja algumas informações sobre a história da escravidão no Brasil
Reveja algumas informações sobre a história da escravidão no Brasil |  Foto: Carl de Souza/AFP

Em 13 de maio de 1888, a princesa Isabel assinava a Lei Áurea. Mas o fim oficial da escravidão no Brasil está longe de representar reparação, justiça e igualdade para a população negra.

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A história que se conta nos livros costuma ser apenas a ponta do iceberg de um período muito doloroso, e muitos fatos importantes seguem apagados ou distorcidos. Veja abaixo cinco verdades que nem sempre são ensinadas na escola:

1. A escravidão durou mais de 300 anos no Brasil

Antes de 1888, mais de quatro milhões de africanos foram trazidos à força para o território brasileiro. O tráfico começou no século 16 e só foi proibido em 1850, com a Lei Eusébio de Queirós. Ou seja: o Brasil foi o último país das Américas a abolir oficialmente a escravidão.

2. A Lei Áurea tinha só dois artigos

A famosa lei assinada pela princesa Isabel tinha apenas dois artigos: o primeiro declarava extinta a escravidão no Brasil; o segundo revogava as disposições contrárias.

Não houve nenhum plano de inclusão social, moradia, educação ou emprego para os libertos. Muitos acabaram sem lar e sem renda, dando origem a comunidades marginalizadas que perduram até hoje.

3. Escravizados não eram só mão de obra do campo

Embora o trabalho em lavouras de cana, café e algodão tenha sido predominante no Brasil, pessoas negras escravizadas também trabalhavam como pedreiros, carpinteiros, cozinheiras, lavadeiras, parteiras, músicos, artistas e até professores.

4. A resistência negra foi fundamental para o fim da escravidão

O que pouca gente aprende na escola é que a abolição não foi um presente da princesa Isabel. Quilombos, revoltas, sabotagens e a luta de pessoas negras livres e escravizadas colocaram pressão sobre o sistema.

Organizações como a Imprensa Negra e sociedades abolicionistas negras também foram fundamentais na mobilização da opinião pública para que esse momento se tornasse realidade.

5. A abolição não significou liberdade plena

Após o fim oficial da escravidão em 13 de maio de 1888, o Estado brasileiro não criou políticas públicas para inserir os ex-escravizados na sociedade. Na verdade, leis criadas entre o final do século XIX e início do XX passaram a associar pobreza e marginalização à população negra.

Uma delas é a chamada Lei da Vadiagem, prevista no Código Penal de 1890, que criminalizava pessoas “sem ocupação”. Essa lei, na prática, foi usada para prender e perseguir negros que vagavam em busca de trabalho ou moradia.

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