Com a chegada do Carnaval e festas pré-folia, como o Furdunço e Fuzuê , o comércio de fantasias e adereços em Salvador ganha novo fôlego. Ambulantes e lojistas reforçam os estoques para atender a demanda crescente dos foliões, que buscam desde peças mais simples e acessíveis até itens mais elaborados para curtir a folia.
A festa deste ano em Salvador promete ser uma das mais movimentadas dos últimos anos, com previsão de injetar cerca de R$ 1,8 bilhão na economia local, representando um crescimento de 63% em relação a 2024. A cidade espera receber aproximadamente 850 mil turistas, superando os 789 mil do ano anterior. Esse aumento significativo no fluxo turístico deve beneficiar diversos setores, incluindo alimentação, transporte, hospedagem, comércio e entretenimento.
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Entre as fantasias mais procuradas para o Carnaval de 2025 destacam-se as inspiradas na atriz Fernanda Torres, que ganharam popularidade entre os baianos. Além disso, personagens como Stitch e Belo também estão em alta. Itens como meias arrastão e fantasias infantis têm registrado vendas significativas.
Elder Oséias, 57 anos, ambulante na Avenida Sete, destaca que as vendas se concentram, principalmente, entre os moradores da cidade. "O pessoal daqui se prepara mesmo. O turista gasta mais em abadás caros, enquanto o soteropolitano busca opções mais acessíveis, na faixa de R$ 40 a R$ 50", explica. Ele reforça que a propaganda boca a boca tem sido essencial para impulsionar as vendas. "A galera compra, indica e o movimento cresce naturalmente", conta.
A comerciante Adalgisa Vasconcelos, 58 anos, compartilha da expectativa de aumento nas vendas à medida que o Carnaval se aproxima. "A gente faz fé que o pessoal de última hora vai vir comprar. Se não tiver fé, tem que morrer", brinca, demonstrando otimismo mesmo diante de um ano economicamente instável.
Danilo Dagoberto, de 22 anos, também se prepara para o aquecimento das vendas nos próximos dias. "O baiano é de última hora, então o movimento forte começa segunda ou terça. Até na véspera do Carnaval ainda tem gente comprando", afirma. Apesar da alta demanda, ele adota uma estratégia de estoque consciente. "A gente investe, vende, pega mais e vende de novo. Se sobrar mercadoria, a gente guarda para o próximo ano", explica.
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