
Se os trabalhadores do Carnaval de Salvador já são ‘barril’, a vendedora ambulante e trancista Joseane Figueiredo é barril dobrado. Moradora de Itapuã, ela se reveza entre o atendimento dos clientes em seu isopor e o serviço de penteados afro para o cabelo da galera, tudo isso em meio ao Circuito Dodô, mais precisamente em Ondina.
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Dos seus 35 anos de vida, 30 são na correria de ‘fazer a moeda’ durante a folia. Joseane começou a ajudar a família ainda na infância. “Eu trabalho desde pequenininha, não cresci muito não, mas é desde pequenininha”, brincou.
Há cerca de quatro anos, a trancista decidiu unir o útil ao agradável durante o período carnavalesco, afinal, ela chegou 20 dias antes do evento começar para guardar o lugar dela. Para trançar o cabelo completamente, ela cobra R$ 100 e para penteados em geral R$ 50.

“Sou vendedora ambulante, trancista, desembolo tudo”, garantiu ela, que, além dos foliões, também atende outros ambulantes.
Para a vendedora Jamile Nascimento, que fica na localidade há 10 anos e é cliente fiel da colega de profissão, as tranças a fazem sentir mais bonita e também facilitam a rotina em meio ao trabalho pesado dentro e fora do circuito, pois a sensação é de que ela sempre está pronta.
“É mais prático, porque eu trabalho o dia todo e de noite venho pra cá, já vou trançar o meu cabelo”, explicou.