Seja macetando, com a perna bamba, botando pra virar ou com a pimenta malagueta, uma coisa é certa: você não estará sozinho no Carnaval de Salvador 2024. Quem estará na sua cola, para garantir a sua segurança nos quatro cantos da capital baiana e, obviamente, nos circuitos da maior festa de rua do mundo é o ‘BBB’ do reconhecimento facial - ferramenta da Secretaria de Segurança Pública que permite capturar criminosos foragidos da Justiça.
Ao todo, serão 42 acessos em pontos estratégicos da festa, com 371 equipamentos em videomonitoramento, onde 108 serão de reconhecimento facial, além de duas Plataformas de Observação Elevada (POE).
O Portal MASSA! conversou com o superintendente da Superintendência de Telecomunicações, Major Moisés Travessas, e com o superintendente de Gestão Tecnológica (SGTO), Coronel Marcos Oliveira, em entrevista exclusiva, sobre as questões relacionadas àquelas que têm a proposta de colocar qualquer bandido no paredão das forças policiais.
Para o Coronel Oliveira, a população pode ir curtir de quebrada, com os olhos ‘de tandera’ de todo ano, mas confortável quanto ao trabalho das polícias.
“Não só câmeras de reconhecimento facial, mas também alguns equipamentos mobile que estarão com nossos policiais justamente para ajudar em um trabalho mais célebre de identificação de pessoas que estejam cometendo crime, e, assim, aumentar a sensação de segurança das pessoas que curtem o carnaval. É saber que ela pode contar com um policial que vai estar mais bem preparado, um policial que não vai trabalhar mais na base do empirismo, ele vai trabalhar em cima de informações mais assertivas e concretas a respeito do que ele deve ou não deve fazer”, garantiu.
Outras câmeras, como as que ficam diariamente instaladas em ruas, avenidas, becos, entre outros, que fazem parte dos circuitos, serão reforços extras, isto é, aquele 12 jogador para reforçar o apoio das tropas e do serviço de inteligência. Segundo o Major Travessas, o número superior a 1290 prisões por RF dá bagagem às corporações.
“Cada dia mais, a população pode ficar mais tranquila no sentido de que o policial está utilizando a tecnologia em favor dos cidadãos. Quanto mais tecnologias tem se utilizado, menos o emprego da força está sendo feito, são 1297 prisões de reconhecimento facial sem o policial disparar um tiro de arma de fogo”, reforçou o Major Travessa.
Homi de muquirana preso
O dia era 5 de março de 2019, uma terça-feira, quando um bonitão fantasiado do bloco Muquiranas foi preso no circuito Dodô (Barra-Ondina). A ação foi considerada desafiadora. O êxito na missão tirou de rota um valentão perigoso, livrou populares de furtos, roubos ou até mesmo assassinatos, e, ainda por cima, garantiu mais segurança no ‘corre’ da SSP-BA.
“Recebemos a incumbência de implantar essa tecnologia, primeiro, em ambientes como Aeroporto, Metrô, Rodoviária, Terminal de Ferry-boat, Elevador Lacerda, e assim foi feito. Depois recebemos a segunda incumbência, que era colocar no Carnaval. Essa tecnologia é desafiadora e requer todo um processo, todo um trabalho. Nós colocamos para funcionar no Carnaval como desafio e teve aquele caso emblemático do homem vestido de Muquiranas”, detalhou o superintendente da SGTO.
Tropa tecnológica de elite
Equipamentos como 1.248 Long Term Evolution (LTEs) também estarão em ação. Eles permitem uma transmissão de dados de forma célere e segura, com rede exclusiva para as Forças da Segurança. Outros 651 rádios tetra também vão reforçar o combate à criminalidade durante o evento.
Por fim, a SSP também colocará GPS nos trios e acompanhará a movimentação dos veículos na festa.
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