O Mais Belo dos Belos não abandona a tradição de desfilar, primeiro, para os seus. Celebrando 50 anos de fundação, o Ilê Aiyê está na concentração para o primeiro desfile de carnaval em 2024, no Curuzu, como manda o ritual.
Os admiradores e foliões já estão chegando para a concentração, em frente ao terreiro Kwe Acé Jitolu, na Ladeira do Curuzu. Além de quem vem curtir, aos poucos estão chegando também os protagonistas dessa festa.
O mestre Mário Pam, percussionista e regente da banda Ilê Aiyê, falou com o Portal Massa! sobre a importância de manter os laços criados com a comunidade, especialmente no Carnaval, que é a culminância do trabalho realizado ao longo do ano.
“É importante porque é um ciclo, né? É cultura, é tradição. E a gente que é descendente da cultura africana, a gente sabe que as tradições são muito importantes. Então quando você vê ciclos de tradições que se mantêm durante os 50 anos, é porque realmente tem um fundamento, tem algo importante, é uma missão”, disse. “A gente vai seguir nessa levada, levando a cultura, levando o conhecimento, combatendo o racismo, a discriminação, colocando essa galera no seu devido lugar, porque na verdade a gente quer igualdade, né? A gente quer que as comunidades também tenha a sua vez”, completou.
Mário destacou que o que se vê nessa grande celebração é fruto do que se faz no Ilê para além de Carnaval, um trabalho social fortíssimo que formou e ainda forma grandes artistas e cidadãos.
“Todo ano a gente trabalha muito organizando a banda, organizando a administração, os projetos sociais, e tem muita coisa pra fazer porque o Ilê é isso. Hoje a gente tem um monte de menino que vem da escola, que tá na banda, tocando com a gente, tá administrando, tá cantando, dançando, então acho que esse ciclo aí deve se perpetuar”, afirmou.
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