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Boa ação! - 12/02/2024, 11:56 - Da Redação

Camarote Acessível abriga idosos de Abrigo e Cras no Campo Grande

Várias pessoas com deficiência se divertiram ao som de Psirico

Camarote Acessível recebeu mais de 857 pessoas até agora
Camarote Acessível recebeu mais de 857 pessoas até agora |  Foto: Divulgação

No domingo de Carnaval (11), idosos do Abrigo Dom Pedro II e do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) Itapagipe, equipamentos administrados pela Secretaria Municipal de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esportes e Lazer (Sempre), deram um show de inclusão e acessibilidade no Camarote Acessível do Campo Grande. Com muita animação, o público presente comprovou que não existe idade para curtir o Carnaval.

O local se transformou em uma grande roda de samba durante a passagem do trio sem cordas do Psirico. O cantor Márcio Victor cumprimentou os idosos e fez um samba dedicado especialmente a eles. “Samba, minha tia! O Psirico é a banda preferida do Camarote Acessível. Eu quero saber qual é a tia que não sabe sambar aqui”, brincou, enquanto cantava para os foliões da terceira idade.

Lúcia Maria da Conceição, 82 anos, sambou muito, relembrando os antigos carnavais. “Meu Carnaval está muito animado. Estou gostando muito. Eu pedi a Deus que a chuva estiasse para a gente vir e Deus ouviu as minhas preces. É um momento muito especial para nós do abrigo. Eu estou muito feliz por ter visto Psirico e o gato do Leo Santana”, contou ela, que usava uma máscara, colar de havaiana e ensaiava passinhos da música “Macetando” após a passagem do trio.

Acompanhada pelo Cras, Vera Pinheiro, 66 anos, esteve no espaço pela primeira vez e elogiou o atendimento. “Eu acho ótimo esse cuidado que eles têm com a gente. Nos dão água, lanche, conversam e dançam com a gente e até penteado eu já fiz. Antes eu ficava no meio do povo, porque eu gosto muito da folia, mas agora as pernas não aguentam mais, então é muito bom contar com essa estrutura e com toda a atenção que nos dão”.

Para o titular da Sempre, Júnior Magalhães, as estruturas mostram que Salvador, além de fazer o maior Carnaval do planeta, faz também o Carnaval mais democrático, possibilitando que todos possam brincar com segurança, alegria e inclusão.

“Os Camarotes Acessíveis, voltados para idosos e pessoas com deficiência, são estruturas essenciais que foram aprimoradas nos últimos anos, atendendo uma média de 400 pessoas por dia, que recebem lanche, são bem recebidos. Além disso, os camarotes têm todos os itens de acessibilidade cumpridos, banheiros adaptados, rampas e intérpretes de libras para que todas as pessoas, sem exceção, possam brincar com alegria e com segurança”, afirmou.

Novidade – Este ano, o Camarote Acessível do Campo Grande contou com uma novidade: uma equipe de cabeleireiros que ofereceram penteados, tranças e fitagem sem nenhum custo para os idosos e deficientes. A técnica de enfermagem Rosalina Maria Nascimento, 71, aprovou o serviço. “Eu fiz um penteado e fitagem. Gostei muito e agora vou tirar bastante foto para postar nas redes sociais”.

“Estamos fazendo tranças nagô, fulaninha, boxeadora, com fitas coloridas e fitagem, uma finalização com hidratação para os cabelos cacheados com um produto vegano. Para mim tem sido uma experiência maravilhosa e o retorno delas tem sido muito bom. Elas estão amando”, contou a cabeleireira Sirla Cerqueira.

Além dos cuidados com o cabelo, a Sempre está ouvindo os idosos para uma futura análise e registro dos dados que irão servir para a elaboração de políticas públicas e a realização de encaminhamentos para órgãos públicos quando necessário.

Balanço – De quinta a sábado, os camarotes acessíveis disponibilizados pela Sempre para idosos e Pessoas com Deficiência (PCDs) receberam 857 pessoas, sendo que na quinta-feira (8), primeiro dia de Carnaval, apenas o camarote acessível de Ondina funcionou.

Funcionamento – As estruturas estão funcionando até a próxima terça (13), das 12h às 20h, no Campo Grande, com capacidade diária para 120 idosos; na Praça da Piedade, das 13h às 21h, que recebe diariamente 150 pessoas com deficiência; e em Ondina, das 17h às 3h, para 200 idosos e pessoas com deficiência por dia.

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