Vai rolar nesta quinta-feira (12) o lançamento de Meu Nome é Gal, filme que conta a trajetória da baiana e sua ascensão junto com a Tropicália. Com direção de Dandara Ferreira e Lô Politi, o elenco conta com nomes como Sophie Charlotte, que vive a protagonista, e Luis Lobianco, que interpreta o empresário Guilherme Araújo. “Para mim, esse filme é um antes e depois. Eu ainda não sei mensurar”, definiu Sophie.
A artista e parte do elenco esteve presente em Salvador no último dia 2 para a pré-estreia do longa. O evento aconteceu no Cine Glauber Rocha, que ficou pequeno para a multidão de pessoas que queriam conferir a produção. A capital baiana sediou a primeira exibição da obra e fisgou o coração de Charlotte. ‘Foi um processo muito lindo estar aqui. Eu me apaixonei pela cidade”, comentou.
Meu Nome é Gal chega aos cinemas quase um ano após a morte da cantora, que faleceu em novembro do ano passado, aos 77 anos, vítima de um ataque cardíaco. Lô Politi, roteirista e uma das diretoras do longa, destacou o diálogo entre o filme e a nova geração de fãs da artista. “Eu acho que ela é muito inspiradora como potência de juventude”, analisou. “A Gal se expressava de uma maneira única e era da Bahia. Se eu fosse baiana, teria muitíssimo orgulho disso”, acrescentou Lô.
Quem também esteve presente na celebração foi o ator Luis Lobianco. “É um prazer imenso estar aqui, um lugar que eu gosto tanto”, pontuou. Para ele, o que diferencia essa de outras cinebiografias é a equipe por trás de sua criação. “É um filme muito feminino. Ele é dirigido por duas diretoras, sobre uma cantora e a gente tinha no set uma equipe majoritariamente feminina”, detalhou.
Além de também comandar a direção, Dandara Ferreira participou como atriz, dando vida a Maria Bethânia. “Foi mágico. Interpretei uma das cantoras que eu mais tenho admiração”, relatou. A diretora enfatizou a importância do recorte histórico que foi selecionado. A trama é ambientada nos anos 60, momento em que a ditadura militar estava se instaurando no país. “A Gal soube ser uma voz política, não só através da música, mas através do corpo e estética”, exaltou.
*Sob a supervisão do editor Jefferson Domingos